Vários ex-governantes do Partido Socialista (PS) estão a ser investigados pelo Ministério Público (MP), sendo suspeitos de cumplicidade com José Sócrates no alegado esquema de favorecimento ao Grupo Lena — que motiva a prisão preventiva do ex-primeiro-ministro.
A notícia, avançada esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, aponta que, entre 2007 e 2011, o Grupo Lena, sediado em Leiria, terá recebido mais de 200 milhões de euros, num esquema com negócios relacionadas com a Parque Escolar, o TGV e autoestradas.
O MP estará a investigar quem terá colaborado com José Sócrates, suspeito de crime de corrupção passiva. Os nomes dos alegados suspeitos não foram identificados. Os advogados do ex-primeiro-ministro já terão apresentado recurso para o Tribunal da Relação.
No processo constará também o nome de Carlos Santos Silva, empresário natural da Covilhã, amigo de Sócrates a quem, tal como o antigo governante, foi aplicada, a 24 de novembro, a medida de coação de prisão preventiva — por suspeitas de crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
José Sócrates vai esta segunda-feira deslocar-se do Estabelecimento Prisional de Évora, onde se encontra em prisão preventiva, a Lisboa, onde será ouvido no Departamento de Investigação e Ação Penal, de manhã e à tarde. Em causa estão dois inquéritos sobre a violação do segredo de justiça.