Já está marcada a data da componente específica da PACC. Ou melhor dizendo, as datas. Os professores contratados com menos de cinco anos de serviço que passaram na componente comum da prova, no dia 19 de dezembro, vão ser chamados a mostrar conhecimentos específicos nos dias 25, 26 e 27 de março, precisamente na interrupção letiva da Páscoa.
De acordo com o despacho publicado segunda-feira ao final do dia, a duração das provas variará entre 90 minutos – a maioria delas – e 150 minutos e a data da realização dependerá da disciplina do professor e do ciclo de ensino em que leciona. Um exemplo : um professor do 1.º ciclo terá de fazer a prova específica de matemática de nível 1 no dia 25 pelas 15h00 e a de português nível 1 no dia 26 pelas 10h30.
Esta distribuição das provas ao longo de três dias permitirá que um professor que tenha habilitações para dois ou três grupos de recrutamento possa fazer mais do que uma prova.
A prova que terá uma maior duração será a de Matemática, nível 2, aplicada aos professores de 3.º ciclo e secundário. Estes terão 150 minutos para fazê-la. E a de Física e Química terá uma duração de 120 minutos. Todas as outras serão feitas em 90 minutos. E a grande maioria delas será escrita, à exceção da educação especial dos grupos de recrutamento 920 e 930 que será prática.
Ao todo, serão realizadas 31 provas diferentes para os 1.636 docentes com menos de cinco anos de serviço que passaram na componente comum. Estes professores vão ter de passar também nesta prova específica caso queiram concorrer a um lugar numa escola no próximo ano letivo.
Em comunicado, o Ministério da Educação e Ciência lembra que “a componente comum visou comprovar a existência de conhecimentos e capacidades fundamentais e transversais à lecionação de qualquer disciplina, área disciplinar ou nível de ensino, tais como a capacidade de comunicação em língua portuguesa, a leitura e a escrita, o raciocínio lógico e crítico ou a resolução de problemas em domínios não disciplinares”, já a “a componente específica avalia o domínio dos conhecimentos e capacidades essenciais para a docência em cada grupo de recrutamento e nível de ensino”.
De lembrar que sete organizações sindicais, onde se inclui a Fenprof, marcaram uma greve ao serviço relacionado com a PACC para todo o mês de março, numa tentativa de impedir a realização da prova.
Já esta manhã, Nuno Crato explicou que a data foi escolhida “para não perturbar as atividades letivas”, adiantando que durante a interrupção letiva haverá “primeiro uma semana de reuniões e de notas e só no final dessa semana serão realizadas as provas”.
E questionado sobre a greve agendada para todo o mês de março, citado pela Lusa, Crato disse estar “em crer que não vai ter interferência e que tudo será realizado com tranquilidade”.