A residência e o local de trabalho do antigo controller da área não financeira do Grupo Espírito Santo (GES), José Castella, foram alvo de buscas policiais depois de ter prestado esclarecimentos na Assembleia da República, adianta o jornal Público. As buscas, relacionadas com a ES Enterprise, serviram para apreender documentos relacionados com a empresa, o suposto “saco azul” do grupo, utilizada para realizar pagamentos não documentados.

De acordo com o Público, as buscas surgem referidas por Castella numa carta enviada aos deputados da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o Banco Espírito Santo (BES) e o GES. Nessa carta, datada de 19 de fevereiro, o ex-controller refere que os assuntos relacionados com a ES Enterprise, que motivaram as buscas, estão sujeitas ao segredo de justiça.

A sete de janeiro, data em que foi ouvido na Assembleia da República à porta fechada, Castella disse que, embora tivesse sido “formalmente” nomeado administrador da ES Enterprise, nunca exerceu as funções e nunca lhe foi apresentado um único balanço da empresa. No que toca ao BES, disse na altura que nunca tomou decisões e que apenas cumpria as que eram tomadas pelo presidente, Ricardo Salgado.

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