Lisboa

A Commenda
No recém-renovado restaurante do Centro Cultural de Belém, o cozido à portuguesa de domingo também é proposto em versão buffet, numa versão idealizada pelos chefs Vítor Chantre e Hélio Loureiro. A variedade é assinalável: nove tipos de enchido, nove tipos de carne, diversas entradas e saladas disponíveis e um buffet de queijos e sobremesas que se vai renovando semanalmente e inclui coisas como tarte de requeijão, farófias ou pudim de ovos. Custa 24€ por pessoa e inclui um copo de vinho, água e café.
Centro Cultural de Belém, 1.º Piso, Praça do Império. 21 364 8561 / 96 985 0099. Das 12h30 às 15h30.

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A sala, recentemente renovada, d’A Commenda (Fotografia: DR)

O Nobre
Mal o tempo começa a esfriar, a tradição repete-se n’O Nobre do Campo Pequeno: todos os domingos ao almoço há cozido à portuguesa em formato buffet (23,80€/pessoa), cozido esse que, apesar das raízes transmontanas da chef Justa Nobre, não difere muito dos melhores exemplares lisboetas na matéria. Ou seja, não tem grandes truques, só grandes produtos. E isso chega.
Avenida Sacadura Cabral, 53B. 21 797 07 60. Das 12h00 às 15h00.

Espaço Açores
Uma visita às caldeiras naturais da Lagoa das Furnas é tão obrigatória para quem visita os Açores como uma refeição do cozido que ali é mergulhado e se serve nos restaurantes das imediações. Pois bem, não é preciso apanhar o avião para cumprir a segunda parte do ritual. Basta almoçar a um domingo no Espaço Açores. Alfredo Alves, o responsável pela casa, tem ali uma caldeira artificial a funcionar exatamente à mesma temperatura que as naturais. Às 06h00, tal como se faz na Lagoa das Furnas, a travessa recheada de produtos da terra, como os enchidos ou carne de vaca de São Miguel, é mergulhada na dita caldeira para que coza lentamente até chegarem os clientes. O resultado fala por si. A meia dose custa 12,80€ e a dose completa 17,80€.
Largo da Boa Hora (Ajuda). 21 364 0881. Das 12h00 às 15hoo.

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O resultado de seis horas a cozer lentamente numa caldeira artificial. (Fotografia retirada da página de Facebook do Espaço Açores)

David da Buraca
Custa a crer mas tempos houve em que este clássico da zona de Benfica era apenas uma pequena tasca. Hoje, quase a virar meio século de existência, o David da Buraca tem várias salas, capacidade para 500 pessoas e uma cozinha à vista de todos, que dá gosto observar. O cozido à portuguesa é opção certa aos domingos, numa dose bem servida que custa 18€ mas alimenta, facilmente, duas pessoas. Como bom minhoto que é, o vetusto senhor David (que está quase sempre à caixa) não descura nos produtos. Do cozido e não só.
Estrada da Buraca, 20 (Benfica). 21 760 6247. Das 11h00 às 16h00.

Faz Figura 
Outro dos buffets clássicos de cozido ao domingo, em Lisboa, o do Faz Figura (21€/pessoa) aposta, desde sempre, na qualidade e variedade dos enchidos, com alguns exemplares que são raros de encontrar neste contexto, como o bucho alentejano. As enormes janelas viradas para o Tejo (e para os cruzeiros estacionados no Tejo, a maior parte das vezes) tornam a digestão bem mais fácil.
Rua do Paraíso, 15B (Santa Apolónia). 21 886 89 81. Das 12h30 às 15h00.

Rio’s
Apesar de a localização (junto à piscina oceânica de Oeiras) e a sua vertente bar/clube noturno poderem suscitar reservas, o Rio’s é um espaço que consegue surpreender quem procura boa cozinha portuguesa com ligeiros toques de modernidade. O cozido à portuguesa servido em buffet, aos domingos, segue a linha da casa. Apresenta boa variedade de carnes, enchidos e acompanhamentos, tudo servido em panelas de ferro tradicionais. A vista marítima é um bónus agradável. Custa 18€ por pessoa com entradas ou 25€ com bebidas e sobremesas incluídas.
Complexo da Piscina Oceânica de Oeiras. 21 441 1324. Das 12h00 às 16h00.

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A secção de enchidos do buffet de cozido do Rio’s (Fotografia: DR)

Adega Típica da Tala
A casa bem que se podia chamar Adega Típica do Cozido à Portuguesa, tal a fama que o prato lhe granjeou. E não é por acaso: serve-se ali todas as quintas, sábados, domingos e feriados, sempre em doses tão generosas (29,50€, alimenta três/quatro pessoas) como a própria dimensão do espaço onde, em cinco salões, cabem cerca de 300 comensais. Ainda assim, quem quiser ter a certeza que é servido deve chegar cedo, já que ao domingo as reservas são limitadas.
Avenida Dr. António Nabais, 26 (Belas), Sintra. 21 916 3434. Das 09h00 às 23h00.

Adega do Saraiva
A simplicidade da casa pode levar os mais incautos a não perceber, à primeira, a razão de ser destino de tantas peregrinações de domingo. Mas basta a qualquer pessoa sentar-se à mesa e provar o pãozinho caseiro e ainda quente para se começar a desfazer o mistério. No Saraiva, um restaurante familiar, acolhedor e, acima de tudo, muito honesto (nos preços) e competente (na cozinha), é tudo muito bom. É por isso, muito bom o cozido (meia dose 9,50€ / dose 14€), servido aos domingos, sim, mas também às quartas e sábados, tal como são muito boas as outras especialidades da casa, o cabrito assado e o bacalhau na brasa. Quem quiser comprovar não se vai arrepender, precisa apenas de ir munido de duas coisas: muito apetite e dinheiro vivo, já que não há multibanco.
Largo do Paquete, 4 (Nafarros), Sintra. 21 929 0106. Das 12h30 às 15h30.

Porto

Casa Inês
Há um par de anos, Inês Diniz saiu da Casa Aleixo, onde esteve vários anos, para abrir o seu próprio restaurante, este Casa Inês, no mesmo quarteirão. É muito conhecido pelos filetes de polvo com arroz do mesmo, pelas rabanadas e pela mítica aletria, que não será exagero considerar uma das melhores sobremesas do Porto. Todos os domingos, Inês serve um cozido generoso e variado (20€ a dose, dá para duas pessoas), com excelentes produtos regionais, boa parte deles vinda de Trás-Os-Montes, e confeção irrepreensível.
Rua de Miraflor, 20. 22 510 6988. Das 12h00 às 15h00.

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Ninguém se pode queixar de falta de variedade no cozido do Casa Inês. (Fotografia retirada da página de Facebook do Casa Inês)

Taberna Santo António
Ir às Virtudes e não ir à Dona Hermínia (a cozinheira que dá nome à Taberna Santo António) é quase criminoso. Não é só a cozinha, que é tradicional, generosa e bem feita. É o serviço, o tratamento (tudo ali tem direito a diminutivos) e os preços. Para se ter uma ideia, quem lá for almoçar ao domingo, comer uma dose de cozido à portuguesa, pedir um jarrinho de vinho da Mêda (terra dos donos) e terminar com a famosa mousse de chocolate da casa não paga mais de 10€. Um luxo.
Rua das Virtudes, 32. 22 205 5306. Das 07h00 à 00h00.

Cervejaria Galiza
Numa das mais clássicas cervejarias do Porto, muito conhecida pela francesinha e por ser um excelente sítio para ver futebol, o cozido à portuguesa faz parte da ementa dos domingos, a par de outro clássico bem mais regional: as tripas à moda do Porto. A dose custa 26€ mas dá para três pessoas, a meia-dose são 15€.
Rua do Campo Alegre, 55A. 22 608 4442/3. Das 08h00 à 01h45.

Nova Era
Se só puder ir ao Nova Era um dia por semana, faça-o ao domingo, dia em que a ementa é mais passível de causar boas indecisões: é dia de tripas (ou bacalhau à Gomes de Sá), vitelinha assada com batatinha nova, arroz de polvo malandrinho com filetes e, claro, cozido à portuguesa. E o expoente máximo do receituário nacional não deixa a casa nada mal vista: uma dose farta (13,50€), com bons produtos e apresentação irrepreensível. Muito do que se come no restaurante pode levar-se para casa na churrasqueira com o mesmo nome que fica uns metros ao lado.
Rua Ferreira Cardoso, 56. 22 536 0708. Das o9h00 às 23h00.

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É muito bonito o prato, é bonito o cozido, não é muito bonito o Nova Era. (Fotografia retirada da página de Facebook do Nova Era)