O vice-presidente do PSD, Marco António Costa, convidou neste sábedo os militantes a enviarem propostas para o Largo do Rato, afirmando que os socialistas revelam necessidade de ajuda para apresentar um projeto de governo. “Espero que os meus amigos possam ter a oportunidade de mandar algumas ideias que é para os ajudar a fazer o programa porque senão for com o apoio, com ajuda dos portugueses e também dos militantes do PSD não será com estes dirigentes que o PS apresentará um projeto para Portugal”, afirmou.
O também coordenador nacional do PSD discursava para uma audiência de militantes do partido, na tomada de posse dos novos órgãos concelhias de Vinhais, no distrito de Bragança, em que classificou de um “artifício” o pedido de contributos do PS para a elaboração do programa eleitoral que os socialistas vão apresentar aos portugueses. “O Partido Socialista tem andado permanentemente a esconder-se em artifícios, o último dos quais é que vai fazer alguma uma consulta à opinião pública para ter ideias para o programa eleitoral”, enfatizou.
Marco António Costa continuou afirmando que “se o Partido Socialista não é capaz de apresentar um projeto sem ajuda de todos”, o PSD está “aqui para os ajudar”. Ressalvou, porém que “é indispensável que o Partido Socialista pare de atacar permanentemente todas as figuras do Estado português e que faça da política de terra queimada uma atitude constante da sua ação política”.
O vice-presidente do PSD começou por criticar “os casos e os casinhos da política” que se discutem em Lisboa, das “listas às contra listas, das taxas as taxinhas” à pequenina quezília política que ocupa muitas vezes e preenche os espaços noticiosos”. “No dia-a-dia aquilo que nos assistimos não é um debate de fundo sobre o futuro do país. Aquilo que nós assistimos na Comunicação Social é fundamentalmente à discussão sobre o que é lateral, o que não é importante, o que não é relevante”.
Marco António Costa queixou-se de que os dados positivos como a descida do desemprego, o “arrebitar da economia” , Portugal conseguir financiar-se nos mercados internacionais a 1,5 % de juros, contra as taxas de 16/17 % que pagou, “não saem nos jornais, nem abrem mais telejornais” como “era o massacre noticioso sobre as más notícias” do pôs 2011 “fruto da situação de ajustamento que o país estava a viver”. “Já nem o presidente da República pode dizer aos portugueses a realidade do que se está a passar porque isso ofende aqueles que desejavam que o país estivesse pior e que tivesse só más notícias para que pudessem contar votos no dia-a-dia”, continuou.
Naquele que “é talvez o distrito mais social-democrata do país (Bragança), como vincou Marco António Costa, o PS ganhou apenas uma vez eleições nacionais, as legislativas de 2005. O PSD tem sete das 12 câmaras do distrito. Em Vinhais o novo e jovem presidente da concelhia, Carlos Almendra, tem como meta conquistar a câmara liderada há mais de 20 anos pelo PS.