Video killed the radio star, ouve-se na conhecida música dos Buggles. Aplicando o mesmo princípio, talvez esteja na hora de cantar Mobile applications killed the Web. Ou seja, as aplicações (apps) para os novos aparelhos eletrónicos já dispensam a existência de browsers (navegadores) como o Explorer, o Firefox, o Safari ou o Google Chrome.

Segundo um relatório da Flurry, o tempo gasto nesses browsers em dispositivos móveis tem vindo a diminuir significativamente. O valor é de 20% em 2013 e 14% em 2014. O restante está distribuído pelos milhões de outras aplicações existentes no mercado.

Com o lançamento do Apple Watch e com a moda dos wearables em crescimento, espera-se que a popularidade da web decresça ainda mais. Sinal disso é a inexistência de um navegador no relógio inteligente da marca da maçã.

Surge agora uma enorme questão: como funcionarão as pesquisas nesta era pós-telemóvel? Paul Canetti, num artigo publicado no The Daily Dot, destaca a inexistência do navegador Safari neste novo aparelho e acredita que as pesquisas passarão a ser feitas com base em comandos de voz: “Se precisas de alguma informação, pergunta à Siri”.

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“Se a Apple anunciasse um computador ou uma nova versão do iOS sem navegador web, ou mesmo um MacBook sem portas USB, as pessoas ficariam desesperadas. Tal como acontece sempre que a Apple remove qualquer coisa dos seus dispositivos.” Mas tal não está a acontecer agora: “Não tem Safari? Não há problema”, conclui o criador das aplicações móveis MazDigital e Stream.

 

Há mais aplicações inexistentes no Watch

Existem outras Apps que não foram incluídas no smartwatch da Apple para além do Safari:

  • Bússula, uma aplicação lançada em 2015;
  • FaceTime;
  • App Store e iTunes Store;
  • Banca e Game Center;
  • Notas, porque o Watch não possui teclado;
  • Lembretes e Calculadora, funções disponíveis através da Siri;
  • Podcasts;
  • Dicas;
  • Vídeos, devido à reduzida autonomia do relógio;
  • iBooks, devido ao tamanho do ecrã;
  • Gravador;
  • Contactos.

Além da Apple, existem mais marcas a fabricar e a comercializar relógios inteligentes, tais como a Google (Android Wear), Huawei (Talkband), Samsung (Galaxy Gear), entre outras.