Os relógios eletrónicos são tão comuns e baratos que perdemos a noção do trabalho e complexidade que está por detrás do conceito. O artista Gislain Benoit soldou 1916 peças para construir o The Clock (O Relógio), que na prática é um dispositivo digital mas sem os minúsculos circuitos integrados que equipam os relógios de pulso, secretária e parede.
Gislain Benoit, artista canadiano de 49 anos, disse ao Observador não ter a certeza se quer vender o relógio, mas se o fizesse deveria pedir qualquer coisa como 150 mil dólares, o preço por 10 mil horas de trabalho. “Abaixo desse valor, prefiro ficar com ele”, contou-nos.
Os detalhes técnicos desta obra de arte podem ser consultados nesta página e os números falam por si: pesa 6,35 quilogramas, é composto por 1161 diodos, 340 transistores, 346 resistências, 60 LEDs vermelhos, 6 interruptores magnéticos e 3 ecrãs que apresentam as horas. Não é necessariamente a mais precisa das máquinas, mas demorou três anos a construir e está embrulhada numa moldura. Esta peça, seja qual for o preço, merece seguramente o lugar na parede de um museu.