Mohamed Badie, líder da Irmandade Muçulmana, e outros 13 membros da organização foram condenados à morte por um tribunal egípcio. O julgamento, transmitido em direto pela televisão egípcia, aconteceu este sábado.

Badie e os outros membros da Irmandade Muçulmana foram condenados por incitação ao caos e à violência. Os 14 arguidos podem ainda recorrer da decisão ao Tribunal Supremo egípcio, iniciando um processo que pode demorar vários anos até estar concluído.

Para além dos 14 indivíduos, foram ainda a julgamento outros 35 arguidos acusados de terem apoiado uma manifestação a favor da Irmandade Muçulmana em 2013. Entre eles estava Mohamed Soltan, um cidadão de nacionalidade egípcia e norte-americana. Soltan e os restantes arguidos foram condenados à prisão perpétua. Um dos advogados de defesa, Mohamed Abdel-Mawgod, condenou os veredictos. “O tribunal não soube diferenciar os réus e colocou-os a todos no mesmo saco”, disse aos jornalistas à porta do tribunal. Nenhum dos acusados esteve presente na audiência.

Os condenados fazem parte de um grupo de centenas de pessoas detido depois da queda do presidente Mohamed Mursi, em 2013. Mursi foi destituído do cargo por um golpe militar levado a cabo por Abdel Fattah al-Sisi, que é atualmente presidente. Sisi defente que a Irmandade Muçulmana é um problema grave de segurança. Por outro lado, o grupo garante dedicar-se apenas ao ativismo pacífico e que não tem nada a ver com a onda de violência que tem varrido o Egito desde a queda do governo de Mursi.

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