A greve do setor ferroviário, que terminou às 24h00 de quinta-feira, provocou o cancelamento de 767 comboios dos 1404 previstos na CP, disse hoje à agência Lusa fonte daquela transportadora ferroviária.

Dos 1404 comboios previstos para quinta-feira foram realizados 635, afirmou a fonte.

O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social tinha decretado serviços mínimos para esta greve, estando os funcionários da CP obrigados a garantir 376 comboios.

“Relativamente à oferta de um dia normal, os comboios feitos representam 45% da oferta normal”, esclareceu a mesma fonte.

Na quinta-feira, foram realizados 28 dos 50 comboios intercidades previstos, bem como 26 dos 35 inter-regionais. Nos comboios regionais realizaram-se 125 dos habituais 288.

Nos comboios urbanos de Lisboa, a CP garantiu 289 dos 690 previstos, enquanto no Porto foram realizados 151 dos 281 previstos.

Em Coimbra, circularam 14 comboios contra os 32 previstos.

Nas Estradas de Portugal (EP), o impacto da greve no setor ferroviário “foi nulo, com adesão de 0,7%”, disse fonte da empresa, acrescentando que na REFER, empresa de manutenção e que gere a rede ferroviária, o impacto foi de 10,04%.

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A greve de quinta-feira abrangeu trabalhadores da CP, CP Carga, Refer, EMEF e Estradas de Portugal (EP), que contestam a privatização da CP Carga e da empresa de manutenção ferroviária, a fusão da EP com a Refer e a concessão de linhas da CP.

Há uma semana, o Governo aprovou em Conselho de Ministros a fusão da EP e da Refer na Infraestruturas de Portugal, que será uma realidade a 01 de maio ou a 01 de junho, dependendo da promulgação do diploma pela Presidência da República.

Antes o Governo tinha aprovado os processos de privatização da CP Carga e da EMEF, que deverão estar concluídos até ao final da legislatura, depois de um longo processo negocial com Bruxelas sobre as ajudas do Estado às duas empresas.