O CaixaBank continua interessado em seguir em frente com a Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI apesar de a instituição liderada por Fernando Ulrich estar fora da corrida pela compra do Novo Banco e de a empresária angolana Isabel dos Santos estar contra as condições oferecidas e sugerir, ao invés, uma fusão com o BPI. O presidente-executivo do CaixaBank, Gonzalo Gortázar, diz que se a sua proposta não for em diante irá “analisar todas as opções”.

“O Novo Banco era uma possibilidade, mas não era a razão principal para esta operação, pelo que [o facto de o BPI não estar no grupo final de candidatos] não altera de modo algum o nosso interesse”, afirmou Gonzalo Gortázar esta quinta-feira, dia em que apresentou um aumento dos lucros do primeiro trimestre, para 375 milhões de euros.

Citado pelo Expansión, Gortázar diz que “o BPI é um projeto entusiasmante e [a oferta do CaixaBank] é positiva para os clientes e para os acionistas do BPI, já que oferecemos um prémio de 30% e a possibilidade de gerar sinergias importantes”. Os acionistas “terão a possibilidade de nos venderem as ações na OPA ou manter-se como acionista de um banco que irá ser mais rentável”, defende o responsável, reiterando que a ideia do CaixaBank é manter o BPI como entidade autónoma e cotada na bolsa de Lisboa.

A agência Bloomberg acrescenta que o presidente-executivo do CaixaBank considerou, em declarações aos jornalistas em Barcelona, que é prematuro que a assembleia-geral do BPI vote a retirada da limitação de direitos de voto que é fator essencial para que a oferta siga em frente. Para essa remoção do limite de direitos de voto será importante a decisão da empresária Isabel dos Santos, dona da acionista Santoro. A angolana, que detém 18,6% do BPI, espera que a administração do banco se pronuncie “brevemente” sobre a sua proposta de fusão com o BCP, num momento em que o CaixaBank já anunciou uma oferta pública de aquisição (OPA) sobre a instituição.

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