As redes sociais não perdoam. Desta vez, a campanha da Protein World foi a protagonista da nova agitação no Twitter: a marca de suplementos vitamínicos lançou cartazes amarelos vibrantes nas redes de metro inglesas, com uma mulher de biquíni (também amarelo) e um corpo curvilíneo. Por detrás dela uma frase, “a” frase: “Are you beach body ready?”, que se pode traduzir para “o teu corpo de praia está pronto?”, e as embalagens de comprimidos para emagrecer. Ou melhor, para transformar os corpos de todas no da jovem modelo do anúncio.
As reações, claro, não se fizeram esperar.
https://twitter.com/cait_gc/status/590488832526671872
You're god damn right we're beach body ready. Exactly as we are. http://t.co/yzcNxmeYHC #eachbodysready #bodypositive pic.twitter.com/OLWJukWSrO
— Fiona Longmuir // Looking for Emily is out now! (@fionalongmuir) April 23, 2015
I committed an act of civil disobedience last week and it felt glorious @VagendaMagazine @EverydaySexism pic.twitter.com/4jl8vbnulU
— Miranda Fay Thomas (they/she) (@DrMirandaFay) April 22, 2015
Wow some people… I do not object to the body type of the woman in the advert. It's the MESSAGE the advert is conveying! #everybodysready
— Emma H (@ThatStarGirl) April 27, 2015
Foi de imediato criado o movimento “#EachBodyIsReady” – que significa “todos os corpos estão prontos e já corre uma petição com cerca de 53 mil assinantes que pretende fazer retirar os cartazes. Todos consideram que a campanha pode causar preconceito e deturpação do conceito de saúde e de bem-estar. “A Protein World dirige-se diretamente aos indivíduos com o objetivo de os fazer sentir fisicamente inferiores às imagens irrealistas (para a maioria das pessoas, cada um tem o seu corpo), para vender produtos”, pode ler-se no site Change.
O Facebook também não ficou indiferente: o evento “Recuperar a praia” conta com a adesão de 550 pessoas que pretendem “organizar uma versão massiva” de fotografias de corpos que nada têm a ver com o publicitado pela Protein World. Tudo vai acontecer em Hyde Park, Londres, na tarde de sábado.
O El Mundo afirma que o diretor de marketing da marca já se pronunciou, mas não para se justificar: “É uma pena que, em 2015, ainda existam pessoas que não se alegrem por aqueles que querem ser mais saudáveis e fortes”. Por isso, sublinhou que a campanha não vai ser retirada em nome dos 300 mil clientes satisfeitos e que só vai prestar atenção às críticas se a petição alcançar o milhão de assinaturas. A todas as pessoas que aderiram às manifestações contra os cartazes, o chefe executivo da marca chamou de “terroristas e extremistas”, noticia o Independent.