A assembleia-geral da Caixa Económica Montepio Geral adiou para 26 de maio a aprovação da alteração parcial dos estatutos, que prevê separar os seus órgãos de administração e da Associação Mutualista, disse nesta quinta-feira o presidente do Montepio.

Na ordem de trabalhos da reunião magna dos associados de hoje estava prevista a aprovação sobre a alteração parcial dos estatutos da CEMG, que tinha como objetivo separar os órgãos de administração da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) e do Montepio Geral — Associação Mutualista, mas a discussão desse ponto não terminou “por razões formais”.

A indicação foi dada à agência Lusa pelo presidente do Montepio, António Tomás Correia, que assegurou que a alteração dos estatutos será aprovada numa continuação da assembleia-geral marcada para 26 de maio. Com esta alteração dos estatutos será ajustado o modelo de funcionamento da CEMG à última versão da lei europeia bancária, que obriga a uma separação entre a gestão executiva do Montepio, os órgãos sociais e os acionistas.

Assim, António Tomás Correia — que agora acumula os dois cargos — deverá ficar com a presidência da Associação Mutualista e o antigo ministro das Finanças socialista Fernando Teixeira dos Santos é o nome apontado para a presidência executiva do Montepio.

Questionado sobre se, na assembleia-geral de hoje, foi tomada alguma decisão sobre este assunto, António Tomás Correia disse que “não foi tomada nenhuma decisão relativamente a pessoas”, acrescentando que esse tema só será abordado “depois de aprovados os estatutos” e “só depois do final de junho”, devido a “democracia interna”. “Esse é dos nomes em cima da mesa, mas não é único, há quatro nomes”, disse António Tomás Correia, sublinhando que, “quando chegar o momento próprio”, se saberá quem será o próximo presidente executivo do Montepio.

“Não há ninguém na frente da corrida”, assegurou, acrescentando que essa será uma questão que será “tranquilamente analisada, com independência e sem qualquer tipo de pressões”. O presidente do Montepio acrescentou ainda que a assembleia-geral de hoje abordou todos os pontos na ordem do dia num “clima de coesão muito forte” e que foram aprovados os instrumentos de gestão, contas e fiscalização.

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