A partir do próximo dia 16 de maio, o futebol espanhol estará em greve geral por tempo indefinido, como medida de protesto contra o real decreto-lei promovido pelo Governo espanhol para a venda conjunta dos direitos televisivos de futebol.

A decisão foi tomada durante a reunião da Junta Diretiva da Federação (RFEF), onde esteve Luis Rubiales, presidente da Associação de Futebol Profissional de Futebol (AFE), organização máxima do futebol espanhol. O veredicto foi avançado pelo jornal desportivo espanhol Cadena Cope, indicando que a resolução foi apoiada por todos os setores, do federativo ao arbitral.

Esta greve coincide com a disputa da penúltima jornada da La Liga, série de jogos que podem decidir o título. O Real Madrid está a 2 pontos do primeiro classificado, o Barcelona. Os futebolistas e as organizações reivindicam as percentagens entre os clubes da primeira divisão e da segunda divisão.

A nova lei determina: 90% do dinheiro recebido dos direitos televisivos vai para os clubes da primeira divisão e 10% vai para os da segunda divisão. 50% do que se ganhar da venda centralizada dos direitos vai ser dividido entre os 20 clubes da primeira divisão. Outros 25% repartem-se dependendo dos resultados das últimas cinco temporadas e outros 25% pelo critério de “notoriedade”. Também apontam que o novo real decreto-lei não reconhece nenhum tipo de beneficio para a AFE, algo que os futebolistas não estão dispostos a consentir.

O Governo tem agora dez dias para modificar a distribuição do dinheiro que resulta das receitas televisivas. Segundo o jornal Cadena Cope, o ministro da Educação, Cultura e Desporto, José Ignacio Wert, não entende a greve ou a indignação e já se demarcou do problema, dizendo que a venda centralizada dos direitos televisivos beneficiaria os futebolistas.

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