O Exército Electrónico da Síria (SEA), grupo de hackers que defende a causa do presidente sírio Bashar al Assad, piratearam a versão para telemóveis do Washington Post, e deixaram 4 mensagens para os visitantes.

Os leitores que acederam ao site quando eram cerca das 18:00 portuguesas puderam ler várias mensagens, entre elas: “Os media estão sempre a mentir”.

Foi Hadas Gold, jornalista israelita do jornal americano POLITICO, que noticiou o ocorrido via Twitter, com um screenshot da primeira mensagem do site pirateado.

Quem clicasse no ok iria aceder a uma série de mensagens que o grupo informático sírio deixou na página do Washington Post. A segunda  acusava o governo americano de estar a “treinar os terroristas para matarem mais sírios”.

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WASHI FINAL 2

 

As restantes mensagens anunciavam: “A Arábia Saudita e os seus aliados estão a matar centenas de pessoas no Iémene todos os dias” e que “os media estão sempre a mentir”.

Washi Final 5

O site esteve em baixo aproximadamente entre as 18:14 e as 18:47, mas já voltou à normalidade.

Não é a primeira vez que a SEA ataca um media americano. Desde 2011 que este grupo tem dado trabalho a várias plataformas online. Também a Dell, a Microsoft, a Ferrari, o Guardian, a Time e a CNN já foram vítimas dos hackers sírios. O último ataque aconteceu no início deste ano, quando o site do New York Times e a conta de Twitter da Associated Press foram pirateadas.

O Exército Electrónico da Síria emergiu em abril de 2011, durante os protestos anti-regime na Síria. Não são conhecidos os verdadeiros laços deste grupo de hackers ao Governo sírio. De acordo com um artigo do Washington Post dedicado ao SEA, o grupo de informáticos é formado por profissionais e jovens voluntários que acreditem no regime de Bashar al-Assad. Uma entrevista da Vice a um dos informáticos do grupo revela que os hackers do grupo estão habituados à linguagem meme: o entrevistado usou a expressão “Haters gonna hate”.