O governo grego promete não ultrapassar as suas “linhas vermelhas”, apesar da pressão crescente do tempo para fechar um acordo com a zona euro que alivie a difícil situação financeira do país. O aviso foi deixado pelo primeiro-ministro esta sexta-feira noite.
“Aqueles que pensam que as nossas linhas vermelhas (limites) vão perder força à medida que o tempo passa fariam bem em esquecer”, disse Alexis Tsipras numa conferência em Atenas, citado pela Bloomberg. “Eu quero assegurar ao povo grego que de forma alguma o governo vai recuar na recusa de cortes de pensões e salários”. Deve-se chegar a um acordo, mas este deve ser benéfico para todas as partes, acrescentou.
O líder do Syrisa vai abordar o impasse nas negociações do plano de assistência grego à margem de um encontro de líderes da União Europeia que se vai realizar a 21 e 22 de maio em Riga, capital da Letónia, segundo uma fonte do governo de Atenas.
Mais de 100 dias de negociações e conversas entre as autoridades gregas e os credores oficiais, a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, não foram suficientes para conseguir desbloquear um financiamento adicional ao país e evitar o cenário de incumprimento. Este impasse desencadeou uma crise de liquidez no sistema financeiro, arrastando a economia grega para a recessão e ressuscitando os receios da saída da Grécia do euro.
Os analistas alertam para a pressão crescente sobre as autoridades de Atenas para se chegar a um acordo. E as pressões mais relevante chegam do lado financeiro. A administração pública e o sistema financeiro vão precisar de novos fundos até finais de maio ou inicio de junho. Uma nota do banco JP Morgan Chase, citada pela Bloomberg, admite que possa ser necessário chegar a algum tipo de acordo transitório ou intercalar porque o tempo está a chegar ao fim,