Cerca de duas dezenas de banqueiros e investidores em mercados pedem mais intervenção e regulação por parte dos responsáveis políticos. Numa carta no âmbito do Fórum Económico Mundial, os banqueiros mudam a estratégia seguida nos últimos anos, de resistência à regulação, e querem agora mais controlo.

No documento, os signatários pedem às autoridades que invistam em mais e melhores regras para “melhorar a estabilidade financeira e reduzir o impacto de futuras crises”. Depois da queda do Lehman Brothers, a reação dos bancos foi a de recusar qualquer torniquete à sua atividade. Mesmo assim, na Europa foram alteradas regras, que levaram por exemplo à criação da união bancária. Agora, passados sete anos do início da crise financeira, os banqueiros voltam atrás.

O documento, assinado entre outros pelos líderes do UBS e HSBC, mas também da maior gestora de fundos do mundo, a Blackrock, e seguradoras como a Generali ou a Zurich, foi revelado pelos jornais que pertencem ao grupo de jornais líderes na Europa (LENA). Na carta, os banqueiros dizem ter como objetivo promover mais regulação preventiva. A intenção é ainda a de “reduzir ineficiências como o excesso de euforia associado a alguns ativos, por exemplo no mercado imobiliário”.

“O sistema é o nosso maior risco. Ser o melhor banco num sistema que falha é como ter a suite presidencial no Titanic”, disse um banqueiro ao jornal espanhol El País.

 

 

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