Maria Nobre Franco morreu esta madrugada em Cascais vítima de um cancro, aos 76 anos, soube o Observador junto de um elemento próximo da família.

Como recorda o jornal Público, Maria Nobre Franco fundou a Galeria Valentim de Carvalho foi a primeira diretora do Museu Berardo, situado em Sintra, mas já se tinha destacado antes pelo que fizera na Galeria Valentim de Carvalho, que abriu num dos espaços da editora, no Palácio das Alcáçovas. Essa galeria, que dirigiu entre 1984 e 1995, teve um papel central na promoção da arte contemporânea em Portugal. O seu trabalho está por isso muito ligado à geração de artistas que surgiu durante a década de 1980, como José Pedro Croft, Pedro Calapez e Rui Sanches.

Seria depois convidada para assumir a direção do Museu de Arte Moderna – Colecção Berardo, em Sintra, cargo que exerceu a partir de 1997 e só abandonou onze anos mais tarde, em 2008, quando a colecção se transferiu para o CCB, em Lisboa.

Os artistas que trabalharam mais de perto com a galerista recordam-na como sendo uma mulher “sensível, generosa e afetuosa”, tal como a descreveu o pintor Jorge Martins ao Público.

Maria Nobre Franco estudou Filologia Clássica e Filosofia da Arte e foi casada com Rui Valentim de Carvalho, um nome de referência no panorama musical que morreu há dois anos. O corpo da galerista estará na Basílica da Estrela a partir das 18h00 de hoje, de onde o funeral sairá amanhã, quarta-feira, pelas 13h30, seguindo para Messejana, a povoação alentejana onde a galerista nasceu.

 

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