A celebração dos Casamentos de Santo António, na Sé de Lisboa, o desfile das Marchas Populares, na Avenida da Liberdade, e os arraiais de rua nos bairros típicos da capital voltam hoje a afirmar a tradição lisboeta.

Dezasseis casais, entre os 24 e os 39 anos, de diferentes freguesias de Lisboa, participam na 19.ª edição dos Casamentos de Santo António organizados pelo município.

A jornada começa às 12:00 com cinco casais a contrair matrimónio pelo civil, nos Paços do Concelho, seguindo-se a cerimónia religiosa católica com 11 casais, na Sé de Lisboa, às 14:00. Vão estar presentes os oito casais de ouro deste ano, que celebram agora 50 anos de matrimónio.

Os 16 casais desfilam depois pela rua e às 18:45 vão brindar com o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, e dançar a tradicional valsa, nos Montes Claros, onde decorrerá o copo de água.

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Desde 1997 que a Câmara de Lisboa organiza os Casamentos de Santo António, iniciativa que começou em 1958 pelo Diário Popular, intitulada “Noivas de Santo António” e interrompida em 1974.

Momento alto das festas de Lisboa, a noite de Santo António, que antecipa o feriado municipal de 13 de junho, leva às ruas não só lisboetas como também um grande número de visitantes para participarem nos arraiais dos bairros tradicionais e assistirem ao desfile das marchas populares na Avenida da Liberdade.

Organizada pela Câmara em parceria com a Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), esta é a 83.ª edição das Marchas Populares, que conta com a participação de 20 marchas em competição e duas extraconcurso (A Voz do Operário e a dos Mercados) e decorre a partir das 21:00.

Este ano, as marchas em concurso são Bela Flor, Mouraria, Santa Engrácia, Marvila, Alfama, Graça, São Domingos de Benfica, Carnide, Madragoa, Benfica, Bica, Alcântara, Bairro Alto, São Vicente, Olivais, Baixa, Lumiar, Alto do Pina, Beato e Ajuda.

Na Avenida da Liberdade vão desfilar também os 32 noivos de Santo António e, como convidados, o Agrupamento de Macau, a Marcha Popular de Faro, a Marcha da Madeira e o Agrupamento CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Na avenida há 11 bancadas para acolher um total de 3.820 pessoas sentadas, com 3.460 lugares destinados ao público e de acesso livre, informou à Lusa a organização.

Este ano, o desfile também pode ser acompanhado através de seis ecrãs que vão transmitir em direto o espetáculo nos quiosques da via.

Após o desfile das marchas, a festa continua noite dentro com arraiais populares pelos bairros típicos, com muita música popular e onde não faltam a tradicional sardinha assada e os manjericos.