A greve de 24 horas dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa tinha, pelas 20:30, níveis de adesão a rondar os 95%, com as estações encerradas por decisão da empresa, disse à Lusa fonte sindical.

“A greve decorreu dentro dos parâmetros das lutas anteriores, com os trabalhadores das áreas operacionais a corresponder a mais um dia de luta com índices de adesão dentro dos mesmos moldes a rondar os 95%”, disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS).

Estes dados foram avançados pela sindicalista em jeito de balanço de mais um dia de greve dos funcionários do metro de Lisboa, um nível de adesão que, segundo explicou, rondará os 95% em 24 horas, uma vez que os trabalhadores do último turno, que deveriam sair pelas 1h30 da madrugada de sábado, não compareceram.

As estações do Metropolitano de Lisboa encerraram às 23h20 de quinta-feira devido à greve de 24 horas em protesto contra a subconcessão da empresa e contra a possível dispensa de trabalhadores, estando prevista a reabertura às 06h30 de sábado. A Lusa contactou fonte da empresa, mas sem sucesso.

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A greve, a oitava realizada este ano, pretende protestar contra a subconcessão da empresa, já atribuída pelo Governo à empresa espanhola Avanza, e contra a prevista dispensa de trabalhadores.

O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) não decretou serviços mínimos para a circulação de composições. Em contrapartida, o acórdão obrigou os trabalhadores a assegurarem os serviços necessários à segurança e manutenção do equipamento e das instalações.

O tribunal justificou a decisão com o facto de existirem em Lisboa meios de transporte alternativos ao Metropolitano e de não haver coincidência de outras greves nos transportes na mesma área geográfica.

A rodoviária Carris reforçou algumas das carreiras de autocarros entre as 06h30 e as 21h00, nomeadamente, a 726 (Sapadores – Pontinha Centro), a 736 (Cais do Sodré — Odivelas, Bairro Dr. Lima Pimentel), a 744 (Marquês de Pombal — Moscavide, Quinta das Laranjeiras) e a 746 (Marquês de Pombal – Estação Damaia).

O Governo atribuiu na sexta-feira passada a subconcessão do Metropolitano de Lisboa (assim como da rodoviária Carris) ao grupo espanhol de transportes urbanos Avanza, cuja assinatura do contrato tem como data de assinatura de referência 15 de julho.