Os embaixadores dos 28 países-membros da NATO vão reunir-se na terça-feira, a pedido da Turquia, para debater a crescente tensão entre Ancara e os rebeldes curdos e o grupo terrorista Estado Islâmico.
A Turquia “pediu esta reunião dada a gravidade da situação, após a situação dos odiosos atentados terroristas dos últimos dias e para informar os aliados das medidas que está a tomar”, precisa o comunicado da Aliança Atlântica.
“Os aliados da NATO seguem de muito perto as evoluções e estão solidários com a Turquia”, acrescenta.
Ancara invocou o artigo 4.º do Tratado da Aliança Atlântica, que permite a um dos membros pedir consultas quando considera “existir uma ameaça à integridade territorial, independência política ou segurança”, indica o comunicado
Os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) reivindicaram este domingo um atentado que matou dois soldados turcos, em represália aos ataques aéreos turcos contra as bases da organização no norte do Iraque, pondo fim à trégua existente desde 2013.
Esta escalada da tensão entre o governo islâmico-conservador turco e os rebeldes curdos surge quando Ancara passou a uma ofensiva contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
A força aérea turca bombardeou várias vezes posições do EI em território sírio, em resposta ao atentado suicida, atribuído aos ‘jihadistas’, em Suruç (sul), a 20 de julho, no qual morreram 32 pessoas e uma centena ficou ferida.