Cinquenta metros. Esta vai ser a profundidade (e o comprimento) da piscina que a Universidade de Essex, no Reino Unido está a ponderar construir e que servirá para investigações e treino científico. Se o projeto for avante, esta vai ser a maior piscina da Europa e vai ultrapassar o tamanho da piscina de treino da NASA, que tem pouco mais de 12 metros de profundidade.

De acordo com a informação prestada pela Universidade, uma piscina com estas características vai permitir aperfeiçoar os programas de exploração espacial (ao simular ambientes de microgravidade) e estudar ambientes extremos existentes na natureza. Mas há mais: “Esta instalação vai ser usada em treinos de técnicas avançadas de mergulho comercial, psicologia humana e desenvolvimento de veículos remotamente operados”, pode ler-se no comunicado de imprensa.

A piscina será construída em Colchester Campus, onde estão localizadas as instalações de investigação da Universidade de Essex, e contará com o apoio da Blue Abyss, uma marca de material de mergulho. A obra custará 54 milhões de euros. Um dos avanços mais importantes conseguidos neste polo universitário é a invenção de peixes-robô utilizados no controlo da qualidade da água.

A BBC recorda outras três piscinas de dimensões impressionantes pouco aconselháveis a quem aguenta pouco tempo debaixo de água. Uma delas é a Y-40, a maior piscina do mundo neste momento, mas sem funções científicas: quem mergulha na água desta piscina quer apenas nadar. Existe desde 2014, tem 42 metros de profundidade e está localizada no Hotel Terme Millipini, em Itália.

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Students swim during an apnea course by Italian free diver, Umberto Pelizzari, at the "Y-40 The Deep Joy" swimming pool on December 8, 2014 in Montegrotto Terme, northeastern Italy. The swimming pool is built over thermal sources bringing after cooling down a water at 32-34 degrees Celsius. Y-40, with its depth of 42mt, is officially included in the Guinness World Record as the deepest pool in the world for free and scuba diving.  AFP PHOTO / OLIVIER MORIN        (Photo credit should read OLIVIER MORIN/AFP/Getty Images)

Nemo 33 foi em tempos a piscina mais profunda do mundo, com 34 metros. Está aberta desde 2004, oito anos depois de se ter iniciado a sua construção em Bruxelas (Bélgica). O engenheiro John Beernaerts decidiu construir a piscina para apoiar os treinos de mergulho dos atletas em formação, que tinham de enfrentar “as águas perigosas do Atlântico Norte” se quisessem aprender este desporto. E o nome? É uma homenagem ao capitão Nemo, personagem dos livros de Júlio Verne em “Vinte Mil Léguas Submarinas”.

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Depois sim, vem a piscina utilizada pelos cientistas da NASA. Chama-se “Laboratório de Flutuação Neutra” e é no seu interior que os astronautas experimentam a microgravidade antes de entrar no espaço. Fica em Houston (Texas, Estados Unidos) e obriga à utilização de um fato especial, semelhante aos que carregam quando viajam para lá da atmosfera terrestre. Mas tem apenas 12 metros de profundidade.

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