Sara Carbonero já passeia pelas ruas da Invicta, a cidade de “beleza decadente” que a jornalista espanhola descreve na mais recente publicação do seu blog. Chama “Saudade” ao título da entrada, palavra portuguesa pela qual se “apaixonou”, ainda antes de conhecer o seu novo destino. E explica aos leitores (citando, convenientemente Almeida Garrett) o seu significado como se de uma portuguesa se tratasse: “é uma palavra sem tradução literal para o espanhol”. Mas do Porto já sabe muito mais – “é uma cidade de caminhantes, um lugar onde observar ‘entardeceres’, onde tomar um café: ‘cimbalino’, abatanado, pingado, garoto, escaldado…”.

“Já estamos no Porto, a nossa nova cidade. Ainda não tivemos tempo de descobrir muitos lugares (teremos tempo mais tarde), mas já vos posso contar as primeiras sensações que estou a ter durante estes dias. Não é preciso estar aqui há muito tempo para poder apreciar o ar boémio da cidade, a sua inquestionável beleza decadente e a sua vivência lenta. Algo que me conquistou desde o primeiro minuto”, escreve a mulher de Iker Casillas, o novo jogador do FC Porto.

“Estou cheia de vontade de me perder pelas suas ruas, de entrar em algumas das suas igrejas ou na sua catedral, e de passear relaxadamente entre as coloridas casas da Ribeira”, escreve Sara no seu blog “Cuando nadie me ve”.

A publicação é acompanhada de descrições do Porto com imagens da cidade à mistura e a música “Saudade” de Miguel Falabella – a melhor forma que Sara tem para explicar o sentimento português. Mas também tenta por palavras suas… e pelas do escritor português Almeida Garrett: “um estado de espírito, descreve emoções difíceis de expressar. É usada para expressar uma certa nostalgia, mas é mais do que isso … Garret definiu-a como o ‘delicioso pungir de acerbo espinho’. Algo parecido com a tristeza de uma memória feliz, ‘a presença de ausência'”.

E Sara diz que ainda que “a sorte de começar a viver nesta cidade, é que ainda tenho muito por fazer, muitos lugares por descobrir … e muitas pessoas por conhecer, porque uma cidade não é nada, mas sim as pessoas que povoam ,-)”.

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