Quarto e último dia da edição 2015 do festival Vodafone Paredes de Coura. A praia fluvial do Taboão vai estar à pinha de festivaleiros (são esperadas 25 mil pessoas por dia, os bilhetes estão quase esgotados), os dias vão estar quentes e as noites frias, mas 22 de agosto promete grandes atuações para manter a temperatura elevada. Uma das mais esperadas tem um nome estranho que cada um diz à sua maneira, mas é também isso que fica no ouvido.

Os Ratatat são uma dupla nova-iorquina de eletro-rock que em 10 anos foi capaz de criar uma assinatura singular com o som das guitarras, uma característica que se tornou no fio condutor dos cinco álbuns de originais. O último saiu este ano, chama-se “Magnifique” e é isso que se espera: um espetáculo de encher o olho, com um som poderoso aliado a uma componente visual apurada. O Vodafone Paredes de Coura 2015 promete fechar em grande.

O festival já levará ritmo com as atuações anteriores. O quarteto britânico Temples trará mais pop psicadélica ao palco principal. Bastar-lhes-á um álbum e uma mão cheia de singles para lançar a artista seguinte — um grande momento “câmara lenta” com a sueca Lykke Li. Bem conhecida do público português, Li Lykke Zachrisson irá interromper o descanso da última digressão para atuar, pela única vez este ano, num festival de verão. Não se pode pedir mais.

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A Banda do Mar está em todas este ano. Cabe-lhes a responsabilidade de abrir o palco Vodafone às 18h30. O sucesso da banda foi estrondoso, a vocalista Mallu Magalhães é encantadora e por isso o trio luso-brasileiro promete ter muita gente na frente de palco na segunda atuação do dia.

Isto porque a música começará a ouvir-se meia-hora mais cedo, no palco Vodafone FM. Os portuenses Holy Nothing têm o álbum de estreia agendado para o próximo mês, por isso haverá eletrónica para além do EP “Boundaries”, de 2014. Depois, uma águia de voz doce andará às voltas na cabeça de muitos. Natalie Prass nasceu em Cleveland (EUA), tem apenas um LP editado (no início deste ano) e muito caminho para fazer. Vamos assistir aos primeiros passos.

À hora de jantar o palco secundário receberá a dupla Sylvan Esso (que já apresentámos no Uma Música por Dia). Têm também apenas um álbum editado (homónimo), que faz indie pop para bater o pé. A inspiração das remisturas do single H.S.K.T, talvez traga alguma aceleração. Seguem-se os Fuzz, uma das faces do norte-americano Ty Segall, que escolhe aqui a bateria para fazer (bom) barulho.

Para as After Hours do último dia, a Ritmos reservou as atuações dos (pesados) The Soft Moon e do melodioso Sascha Funke, produtor e DJ berlinense. E assim seguiremos viagem a caminho da 24ª edição, em 2016.

Os passes gerais para os quatro dias do festival já estão esgotados, mas o Observador ainda tem um para oferecer. Abrimos um passatempo no Instagram, veja aqui como participar. Boa sorte! Lá nos encontraremos.