O Parlamento da Guatemala aceitou por unanimidade, esta quinta-feira, a demissão do presidente Otto Pérez Molina, acusado de estar envolvido num esquema de corrupção. Depois de meses de investigações e protestos, Otto Pérez decidiu abandonar o cargo na passada quarta-feira, dias antes das eleições nacionais marcadas para o próximo domingo. Agora, é ao vice-presidente Alejandro Maldonado — no cargo há pouco tempo, depois de o seu antecessor se ter demitido na sequência do mesmo escândalo — quem cabe liderar a nação.

Mas estar fora do gabinete não significa que os problemas de Otto Pérez tenham acabado, salienta a CNN, uma vez que foi emitido um mandado de prisão a propósito do escândalo de corrupção. O ex-presidente, que compareceu em tribunal esta quinta-feira, está proibido de sair do país.

Apesar dos mais recentes acontecimentos, o general aposentado de 64 anos garantiu a sua inocência à Associated Press, a mesma publicação que fala num drama político sem precedentes que acontece depois de Otto Pérez ter sido despojado da sua imunidade e abandonado pelos principais membros do seu gabinete. É o primeiro presidente da Guatemala a demitir-se. Pérez Molina foi eleito em 2011 e é um general na reserva que participou na guerra civil que assolou o país durante 36 anos.

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