Depois de Nova Iorque, Berlim e Sydney, Porto. É na Invicta que a startup britânica Yieldify vai abrir o centro tecnológico com que quer inovar o algoritmo de marketing preditivo que utiliza. E já abriu a porta para futuros colaboradores – até ao final do ano quer contratar 40 engenheiros e designers.
“Portugal e a cidade do Porto, em particular, têm recursos de engenharia fortes bem como com competências em Tecnologias de Informação”, disse o cofundador da empresa, Jay Radiam ao Observador.
A abertura do centro marca a estreia da empresa em Portugal – o quinto mercado onde abre escritórios no espaço de dois anos. O objetivo é que a equipa, que vai estar situada no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC), suporte a estratégia de crescimento internacional da empresa.
Sem avançar com valores de investimento, Jay Radian diz ao Observador que o escritório português da Yieldify vai ser um marco importante no crescimento da empresa e que está “totalmente empenhado em torná-lo um sucesso”.
“A inovação e a mudança são alguns dos valores da Yieldify e a cidade do Porto, que alberga um dos centros tecnológicos da Europa em mais rápido crescimento, incorpora estes valores”, diz Meelan Radia, cofundador da startup britânica.
A Yieldify cria ferramentas que ajuda as marcas a compreender o comportamento das pessoas que visitam os seus sites de comércio eletrónico. O objetivo da startup é aumentar a taxa de conversão de visitas aos sites em vendas.
A equipa portuguesa vai procurar inovar o algoritmo de marketing preditivo que a empresa utiliza e analisar os dados que obtém sobre os comportamentos dos visitantes dos sites.
“Estamos empolgados com o desenvolvimento de um centro de engenharia em Portugal para apoiar os nossos ambiciosos planos de crescimento e levar a nossa tecnologia para o próximo nível. A visão para o escritório do Porto é desenvolver um motor de inovação de produto, design e desenvolvimento para a empresa”, acrescentou.
A Yieldify foi lançada pelos irmãos empresários Jay e Meelan Radia e é uma das duas startups europeias em que a capital de risco da Google, a Google Ventures, investiu. Com receitas anuais que crescem 480% desde abril de 2014, tem dois anos de exstência e mais de 135 colaboradores no mundo.
Um cluster de “nível elevado” no Porto
Clara Gonçalves, diretora executiva do UPTEC, adianta que os técnicos estão “muito satisfeitos” por receber no campus o novo centro tecnológico. “Portugal está a tornar-se rapidamente num centro de inovação tecnológica, tendo apresentado um crescimento de 30% nas exportações de conhecimento tecnológico nos últimos seis anos”, disse.
O UPTEC quer criar um cluster de talento tecnológico de “nível elevado”. Conta com mais de 150 startupsque exportam para mais de 120 países.