O Presidente da UEFA, Michel Platini, admitiu que pode ter dado falsas esperanças aos Estados Unidos antes de votar no Qatar para a organização do Mundial de futebol em 2022, ao afirmar, e citado pelo Guardian, que “talvez tenha dito” aos representantes americanos que ia votar no seu país.

A eleição do Qatar para a organização do Campeonato do Mundo em 2022 tem gerado polémica, com muitas personalidades a criticar esta escolha e suspeitas de corrupção em relação à decisão. Agora é Platini a reabrir a discussão.

Segundo conta o jornal britânico, o antigo futebolista mudou de ideias quanto ao seu voto durante o processo de votação em 2010. A primeira ideia era votar nos Estados Unidos, mas depois de um encontro em Paris organizado pelo Presidente francês de então, Nicolas Sarkozy, na sua residência oficial, e onde estiveram presentes representantes do país do Qatar, o sentido de voto mudou.

Platini recusou sempre quaisquer suspeitas de ilegalidades ou influências afirmando, e citado pelo Guardian, que “Sarkozy nunca pediu para votar no Qatar, mas [ele] sabia que isto era uma coisa boa.” O líder da UEFA, e depois de anunciar a candidatura à presidência da FIFA, prometeu que iria fazer uma limpeza a toda a corrupção existente neste órgão e que iria restaurar a sua imagem: “Nós temos que nos preocupar com o jogo, não com a política. Comigo, não vai haver política. Comigo, o que interessa é o futebol, não a política… há muita gente boa no comité executivo. Só alguns são corruptos. Se fazes alguma coisa mal, tens que acartar com as consequências.”

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