Em cinco anos (2009-2014) foram descobertas mais de 200 espécies no este dos Himalaias, noticia o Guardian. 133 espécies de plantas, 26 de peixes, 10 anfíbios, um réptil, uma ave e um mamífero foram encontrados na área que inclui o Nepal, o Butão, o extremo norte da Birmânia, o sul do Tibete e o noroeste da Índia, segundo um relatório do Fundo Mundial para a Natureza (World Wide Fund for Nature, WWF) recém-publicado.
Uma das espécies destacadas pelo jornal britânico foi o macaco que espirra – quando chove. Os cientistas ouviram falar deste animal pelas populações do norte da Birmânia que lhe explicaram como encontrá-los. Quando chove os macacos espirram porque a chuva lhes entra nas narinas viradas para cima. Para evitar esta situação os macacos costumam esperar que pare de chover com a cabeça entre os joelhos.
“Estas descobertas mostram que ainda há muito para aprender sobre as espécies com as quais partilhamos o nosso planeta”, disse Heather Sohl, conselheira do WWF no Reino Unido, citada pelo Guardian. “É uma lembrança forte de que se não agirmos agora para proteger estes ecossistemas frágeis, riquezas naturais imensuráveis podem ser perdidas para sempre.”
O relatório, além de apresentar as novas espécies, alertam para as ameaças a que estão sujeitas, nomeadamente a perda de habitat – apenas um quarto dos habitats originais sem mantém conservados, havendo centenas de plantas e animais ameaçados de extinção. Alterações climáticas, crescimento das populações humanas, desflorestação, extração de minério, caça ou captura ilegal de animais e poluição afetam a região do este dos Himalaias.