Foi publicada esta quinta-feira no Reino-Unido a primeira biografia de José Mourinho assinada pelo próprio. E é já tema de notícias e comentários um pouco por toda a Europa. É que o “Special One” decidiu abrir o jogo.

Em primeiro lugar o treinador assume que regressou ao Chelsea para voltar a ser feliz, porque aí sente-se adepto do clube. Mas o livro, com quase 400 páginas, conta muito mais. E muito sobre o trajeto do treinador em Portugal.

Em primeiro lugar, Mourinho explica porque não correu bem a sua primeira experiência como treinador principal. Em 2000 foi contratado pelo Benfica mas, segundo conta agora, o clube da Luz “não estava pronto” para ele. No ano seguinte recusou uma proposta para regressar ao Benfica, quando já treinava o União de Leiria. A razão por que não aceitou foi uma abordagem “incrível” do FC Porto. O presidente dos dragões, Pinto da Costa, terá dito ao técnico: “Mourinho, tu és o homem para um novo Porto, que incentivo posso dar-te para vires?”.

No Dragão, José Mourinho viveu um dos momentos de maior glória da sua carreira, com a conquista da Liga dos Campeões na época 2003/2004. Mas essa caminhada azul e branca teve um momento marcante: o sprint que o técnico deu quando Costinha marcou o golo no último minuto, em pleno Old Trafford, e que permitiu ao FC Porto eliminar o Manchester United. Esse momento também é recordado: “Um sprint de 50 metros em Old Trafford. No dia seguinte tinha dois grandes clubes a baterem-me à porta. Um azul e um vermelho.”

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Como conta ao portal Sapo, Mourinho destaca vários jogadores que treinou durante a carreira, como Didier Drogba, Sneijder ou Zanetti.

Sobre o Real Madrid, o português é claro: “Dei tudo o que tinha, trabalhei mais duro do que nunca.” No entanto a sua saída não foi pacífica, com uma relação conturbada e polémica com Iker Casillas, e depois de uma época que o próprio considerou a pior da carreira.

A biografia vai sair em Portugal no próximo mês de novembro.