O que faz um homem adulto sozinho numa ilha com nada mais além de um baralho de cartas, tesouras e um lindo pôr-do-sol? Para John Marshal, escritor da Ilha Frye, Maine, a resposta é: faz arte.
Usando recortes simples que desenhou à mão, John posa com eles no fim de cada dia, recriando uma série de silhuetas que se tornaram numa sensação internacional. Ele chama-as de “Selfies ao Pôr-do-Sol”.
“Os recortes não parecem grande coisa ao princípio”, explica John. “São ásperos, juntos uns aos outros por fita-cola. Mas quando estão em contra-luz, todas as suas imperfeições desaparecem. Fico sempre surpreendido com o que obtenho”.
Mais do que o resultado final, John adora a experiência que as Selfies ao Pôr-do-Sol lhe dão. “Enquanto escritor, passo muito tempo sentado, por isso adoro afastar-me de tudo isso, estar no chão, desenhar alguma coisa, cortá-la e ir apreciar o maravilhoso pôr-do-sol lá fora. É um processo muito orgânico, como ser uma criança outra vez”.
“Selfies ao Pôr-do-Sol” é apenas o mais recente projeto numa série de saltos criativos para John. Em 2010, voluntariou-se por todo o mundo com a sua mulher e as duas filhas adolescentes, contando a aventura no seu livro “Wide-Open World”. Depois, em 2014, passou um ano a viver num orfanato indiano e agora passa grande parte do seu tempo a defender os orfanatos de crianças por todo o mundo.
“Viver no orfanato e voluntariar-me pelas crianças um pouco por todo o mundo foi uma lembrança poderosa do que as brincadeiras criativas podem fazer. Que é o significado por detrás das Selfies ao Pôr-do-Sol. Para toda a gente que se sente velho, eu encorajaria a afastar-se do computador, comprar um par de tesouras e criar uma personagem simples, e depois ir em busca da sua própria magia. Como já vi, quando miras o sol, há novos mundos inteiros à espera de ter vida”.
Para ver a coleção completa, visite o Facebook do projeto.
Na Fotogaleria, as legendas são do autor.