A agência internacional da Organização Mundial de Saúde que se dedica à investigação do cancro (International Agency for Research on Cancer, IARC) publicou, no início da semana, um relatório que abriu discussões e causou uma preocupação geral por todo o mundo. Segundo este documento o consumo de carnes vermelhas é “provavelmente carcinogénico para humanos” e sobre a carne processada não há dúvidas: salsichas ou enlatados são mesmo “carcinogénicos para humanos”.

Esta notícia já gerou algumas críticas. O ministro da agricultura australiano, por exemplo, chamou a este relatório uma “farsa”. O Instituto da Carne Norte-Americano afirmou, por sua vez, que a IARC “torturou os dados para atingir um resultado específico.”

No entanto a IARC vem agora esclarecer que as conclusões do relatório apenas confirmam as recomendações feitas em 2002 pela OMS em relação à nutrição, reforçando que as pessoas devem “moderar o consumo de carne preservada para reduzir o risco de cancro”.

Assim, nunca é dito às pessoas para deixar de comer carne: “O último relatório da IARC não pede às pessoas para parar de comer carne processada, mas indica que a redução do consumo destes produtos pode reduzir o risco de cancro colorretal”, afirmou a agência em comunicado e citada pela France Press.

Por isso, e apesar da OMS atribuir cerca de 34 mil mortes por ano no mundo aos hábitos de consumo de carne processada, a IARC afirma que não é necessário chegar-se ao ponto de deixar de comer este alimento.

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