Se uns acreditam que enquanto há vida há esperança, os apaixonados por chá olham para este provérbio popular com outros olhos. “Enquanto há chá, há esperança”, gritou Arthur Wing Pinero ao mundo em 1888. Mas, antes dele, já Catarina de Bragança tinha confessado o seu amor por chá aos ingleses em 1660, quando se casou com Carlos II da Inglaterra. É graças a esta princesa portuguesa que o chá das cinco se tornou um hábito em território britânico. Agora a tradição volta às origens na nova casa de chá de Cascais, chamada Justtea. Neste espaço, não só se bebe como se come chá em compotas.
O nome é um bom prenúncio mas a oferta fala por si. Há chás e infusões de todos os tipos e variedades para agradar a gregos e troianos. “Aqui o cliente tem a possibilidade de fazer o seu próprio chá e escolher a intensidade, aroma e sabor”, explica a proprietária Sandra Dias. Uma ex-diretora financeira que decidiu virar empresária para se dedicar à sua grande paixão desde criança. “O meu pai trabalhava numa das maiores marcas de chá em Portugal e, por isso, nasci a beber chá.” Uma experiência de vida que ainda influencia a forma como compara a vida a uma chávena de chá. “Está tudo na forma como o fazemos.”
Então como é que se faz um bom chá? “A água nunca deve ferver porque a planta é sensível e vai cozer.” Se for adepto de chás frios, a especialista vende diferentes tipos de chá preto, verde ou rooibos tanto ao copo (1,6€) como à garrafa (1,8€). O chá quente, solto, concentrado ou em saquetas, varia desde os sabores mais doces até aos aromas mais frescos e promete ser o acompanhamento perfeito para os scones com compota de maçã e chá preto (2,3€). Já as panquecas, waffles e brownies também não ficam de fora e pode acompanhá-los com um belo mel de chá, claro.
Para além de casa de chá, a Justtea também é uma mercearia onde pode adquirir todos os produtos que consumiu no espaço — até as chávenas transparentes onde desfrutou da sua bebida. No futuro, o espaço com 25 lugares vai começar a receber apresentações de livros para promover o debate de ideias e ainda tertúlias para estimular o convívio entre os amantes de chá. “O meu objetivo também é introduzir novos aromas que são desconhecidos do público português”, confessa Sandra. E enquanto houver chá, haverá esperança.
Nome: Justtea
Morada: Rua Frederico de Arouca, 292 A, Cascais
Horário: De segunda a domingo, das 10h00 às 21h00.
Preço médio: 5€
Reservas: Aceitam
Texto editado por Ana Dias Ferreira.