A BBC diz que os serviços secretos britânicos acreditam que o voo 7K9268, que se despenhou na península do Sinai, no Egito, tinha uma bomba a bordo. E embora ainda não coloquem totalmente de lado o cenário de o desastre que vitimou 224 pessoas ter sido causado por uma avaria, a BBC refere que essa hipótese é cada vez mais remota para os serviços secretos do Reino Unido.
Antes de a BBC avançar esta informação, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, já tinha dito que a hipótese de ter sido um atentado era a “mais provável” para explicar o desastre daquele avião que partia de Sharm El Sheikh, no Egito, e que ia em direção a São Petersburgo, na Rússia.
Pouco depois de o avião se ter despenhado, um ramo do auto-proclamado Estado Islâmico disse estar por detrás da morte daquelas 224 pessoas, a maior parte passageiros russos. Embora essa informação ainda não tenha sido confirmada — tal como a tese de atentado — a Associated Press deu conta de um uma fonte oficial norte-americana que referiu que os serviços secretos dos EUA tinham intercetado comunicações que apontavam para a hipótese de membros do Estado Islâmico ter inserido uma bomba no avião.
Easyjet trabalha “ao mais alto nível” com governo britânico para retomar voos
Entretanto, os voos de resgate de turistas britânicos no Egito que estavam a ser feitos pela companhia low-cost Easyjet foram suspensos depois de uma decisão das autoridades do Egito. Dos dez voos previstos para o dia de hoje (9 com destino aos aeroportos londrinos de Luton e Gatwick e um que iria para Milão), apenas dois vão ser cumpridos, ambos com destino ao Reino Unido.
A Easyjet lançou um comunicado onde garantiu estar a tentar resolver a situação de forma concertada com o governo britânico:
As autoridades egípcias suspenderam os voos das operadoras aéreas em Sharm El Sheikh, o que quer dizer que os nossos voos de hoje não vão ser realizados.
Estamos a trabalhar com o governo do Reino Unido ao mais alto nível para ser encontrada uma solução. Entretanto, também estamos a desenvolver um plano de contingência para levarmos os nossos clientes de volta às suas casas o mais depressa possível e assim que tenhamos permissão para voar.”