A Grécia não pode passar sem o apoio financeiro Fundo Monetário Internacional (FMI), avisou este domingo o diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), Klaus Regling, acrescentando que um ‘Grexit’ mantém-se como “uma possibilidade” se “compromissos não forem respeitados”.

“Deve haver uma contribuição financeira, porque o Fundo Monetário Internacional, ao abrigo do Tratado do MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade) e do acordo alcançado na cimeira de julho, deverá contribuir financeiramente para o programa”, disse Klaus Regling, ao diário Vima.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse na segunda-feira que “não é necessária” a participação do FMI no plano de resgate financeiro da Grécia ao lado da União Europeia, dadas as reduzidas necessidades de financiamento e a sua posição “não construtiva”.

Mas Regling avisou que “se o FMI decide não participar (financeiramente), isso poderá representar um grande problema”, e afirmou: “O meu sentimento é que o FMI vai participar” mesmo que “reduzidamente”. A zona euro comprometeu-se durante o verão em desbloquear 86 mil milhões de euros em empréstimos a três anos a Atenas, que estava então mergulhada numa grave crise financeira, mas em troca exigiu drásticas medidas de poupança.

“A Grécia aceitou pôr em prática reformas que são necessárias para assegurar que os seus parceiros prossigam o financiamento necessário e de forma a que possa voltar a uma situação económica estável”, defendeu Regling. Quanto à possibilidade de um ‘Grexit’, ou seja, uma saída da zona do euro, Regling disse que “a possibilidade está sempre lá, se os compromissos como membro da União Monetária não forem respeitados”.

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