A quatro dias das eleições em Espanha, uma agressão na campanha eleitoral. A vítima foi o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, do Partido Popular. O agressor um jovem de 17 anos, que entretanto já foi detido. O local do ‘puñetazo’, Pontevedra, na Galiza, local emblemático para Rajoy.

Comecemos pela história. Rajoy estava numa acção de campanha, em plena Plaza de la Peregrina, no centro de Pontevedra. Um jovem aproximou-se normalmente e pediu-lhe para tirar uma foto. Assim que o primeiro-ministro espanhol se posicionou, o rapaz deu-lhe uma murro violento, que lhe tirou os óculos da cara, que cairam ao chão e se partiram. O jovem ainda agrediu um dos seguranças, sendo depois imobilizado pelos restantes membros da equipa que escoltava Rajoy. Foi entretanto detido pelas autoridades e está acusado de atentado contra a autoridade.

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Agora a conclusão. Rajoy, a quem as últimas sondagens dão a vitória no domingo, mas sem maioria e sem parceiros que se queiram coligar com ele (o último a dizê-lo foi o Ciudadanos, de Albert Rivera, depois do PSOE, de Pedro Sánchez e do Podemos, de Pablo Iglesias também terem rejeitado coligações à direita), acabou por sair beneficiado do incidente. Afinal, Pontevedra é a sua ‘casa’, apesar de ter nascido ali ao lado, em Santiago de Compostela: é casado com uma pontevedrina e foi lá que começou a sua vida política.

Quando a agressão se deu, ainda se ouviram populares a gritar “Bravo!, Bravo!”, e Rajoy, estupefacto, a perguntar “Como é que isto pode ter acontecido?”. Mas depois a ministra Ana Pastor seguiu com ele, praça abaixo, e então surgiram muitos aplausos e gritos de “Presidente, Presidente”. Começou depois a receber o apoia de todos os adversários, que condenaram o ato. Acabou assim a ‘arruada’ em ombros. Mas sem óculos.