A quatro dias das eleições em Espanha, uma agressão na campanha eleitoral. A vítima foi o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, do Partido Popular. O agressor um jovem de 17 anos, que entretanto já foi detido. O local do ‘puñetazo’, Pontevedra, na Galiza, local emblemático para Rajoy.
Rajoy, agredit a Pontevedra https://t.co/Unccvv5WaR @MariaMacia @elnacionalcat
— David González Rubio (@Davizgonrub) December 16, 2015
Comecemos pela história. Rajoy estava numa acção de campanha, em plena Plaza de la Peregrina, no centro de Pontevedra. Um jovem aproximou-se normalmente e pediu-lhe para tirar uma foto. Assim que o primeiro-ministro espanhol se posicionou, o rapaz deu-lhe uma murro violento, que lhe tirou os óculos da cara, que cairam ao chão e se partiram. O jovem ainda agrediu um dos seguranças, sendo depois imobilizado pelos restantes membros da equipa que escoltava Rajoy. Foi entretanto detido pelas autoridades e está acusado de atentado contra a autoridade.
Agora a conclusão. Rajoy, a quem as últimas sondagens dão a vitória no domingo, mas sem maioria e sem parceiros que se queiram coligar com ele (o último a dizê-lo foi o Ciudadanos, de Albert Rivera, depois do PSOE, de Pedro Sánchez e do Podemos, de Pablo Iglesias também terem rejeitado coligações à direita), acabou por sair beneficiado do incidente. Afinal, Pontevedra é a sua ‘casa’, apesar de ter nascido ali ao lado, em Santiago de Compostela: é casado com uma pontevedrina e foi lá que começou a sua vida política.
Quando a agressão se deu, ainda se ouviram populares a gritar “Bravo!, Bravo!”, e Rajoy, estupefacto, a perguntar “Como é que isto pode ter acontecido?”. Mas depois a ministra Ana Pastor seguiu com ele, praça abaixo, e então surgiram muitos aplausos e gritos de “Presidente, Presidente”. Começou depois a receber o apoia de todos os adversários, que condenaram o ato. Acabou assim a ‘arruada’ em ombros. Mas sem óculos.