O Goldman Sachs acredita que o preço do petróleo poderá ter de cair até à casa dos 20 dólares por barril para que uma quantidade suficiente de produção petrolífera seja suspensa (devido ao preço baixo) e isso contribua para estancar a queda acentuada do petróleo nos últimos meses. Há “riscos elevados”, diz o Goldman Sachs, de que a derrocada nos preços do crude continue, sobretudo depois de a OPEP ter – uma vez mais – recusado baixar as quotas de produção.

O alerta do Goldman surge numa altura em que o preço do crude caiu para o valor mais baixo desde meados de 2004. Na negociação em Londres, que serve de referência às importações portuguesas, os contratos futuros estão a cair mais de 2% para a casa dos 36 dólares por barril.

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A par da desvalorização do euro, a descida da cotação do crude está a levar o preço dos combustíveis em Portugal para os valores mais baixos dos últimos anos. Segundo o Diário Económico, o gasóleo desceu esta segunda-feira para mínimos dos últimos cinco anos, com uma queda de três cêntimos por litro. O preço de referência da gasolina baixou meio cêntimo, segundo a mesma fonte.

Segundo o jornal, o preço médio do gasóleo caiu para 1,071 euros, enquanto a gasolina continua a valer o mesmo que em fevereiro deste ano (cerca de 1,360 euros).

“Continuamos a ver riscos de que os preços podem cair mais, à medida que os armazenamentos continuam a encher”, escreve o Goldman Sachs em nota divulgada na sexta-feira. Isto porque continuará a haver um excesso de oferta nos mercados globais na ordem dos 580 mil barris por dia no próximo ano. Este será o resultado da insistência da OPEP numa estratégia de preservação de quota de mercado que, segundo alguns analistas, arrisca sair pela culatra.

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