Pelo menos 205 alegados membros da guerrilha do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) foram mortos desde a ofensiva desencadeada em 14 de dezembro pelas forças turcas no sudeste do país, referiu hoje uma agência noticiosa local.

O balanço, emitido pela agência Dogan é baseado em fontes militares, e após o exército turco ter decidido desde segunda-feira da semana passada emitir relatórios diários sobre os guerrilheiros “neutralizados” em três localidades do sudeste submetidas a um recolher obrigatório total, e onde têm ocorrido frequentes confrontos armados com membros ou simpatizantes do PKK. O exército utiliza o eufemismo “neutralizar”, que normalmente se refere a inimigos abatidos, apesar de ocasionalmente também incluir feridos e prisioneiros.

De acordo com os números hoje divulgados em comunicado militar, nos últimos dez dias terão sido eliminados, desta forma, 139 supostos membros do PKK na localidade de Cizre e oito em Silopi, ambas na província de Sirnak, além de outros 22 em Diyarbakir, a “capital” oficiosa das províncias curdas da Turquia.

A agência Dogan acrescenta a estes números outras 18 baixas na povoação de Dargecit e três em Nusaybin, na província de Mardin, e outras quatro na província de Bitlis, num total de 205 baixas. O PKK negou há dias que os seus guerrilheiros estejam envolvidos em combates em Diyarbakir, Cizre ou Silopi, e assegura que o exército intervém nessas localidades contra jovens simpatizantes da guerrilha que apenas usam armas ligeiras.

A guerrilha também contestou o elevado número de mortes avançado pela cúpula militar. Pelo contrário, um balanço divulgado pelo partido de esquerda e pró-curdo HDP, terceira força no parlamento de Ancara, refere que 171 civis fora mortos em 18 localidades de sete províncias do sudeste da Turquia, uma região com maioria de população curda, mas sem referir baixas entre os combatentes. A ONG Human Rights Watch (HRW) denunciou esta semana que a ofensiva militar também provocou numerosas vítimas civis, enquanto o Conselho da Europa exprimiu a sua preocupação por violações dos direitos humanos na sequência do recolher obrigatário imposto por Ancara.

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