Os governos da Eslovénia e da Croácia confirmaram que vão seguir as restrições à entrada de refugiados anunciadas pela Áustria.
“O governo adotará as correspondentes decisões na quinta-feira e uma das possibilidades é determinar o limite do fluxo de refugiados proveniente da Croácia. Teremos de adaptarmos ao que a Áustria fizer”, declarou o ministro do Exterior esloveno, Karl Erjavec a jornalistas.
As declarações tiveram lugar após Viena ter hoje anunciado que vai limitar a aceitação dos pedidos de asilo a um máximo de 37.500 este ano, embora o ministro tenha dito que ainda não recebeu qualquer informação oficial da Áustria.
De acordo com a agência de notícias eslovena STA, a situação nas fronteiras do país balcânico não se alterou até agora, esperando-se que a Áustria comece a implementar as novas medidas a partir do próximo mês.
Também o ministro do Interior croata, Ranko Ostojic, confirmou que a Croácia aplicará medidas restritivas se a Áustria e a Eslovénia o fizerem.
“A Croácia vai agir como os demais países em redor”, declarou o governante à agência de notícias croata Hina.
Pela Croácia e pela Eslovénia passaram, desde setembro passado, cerca de 600.000 refugiados procedentes da Sérvia.
Nesse período, quase todos passaram pela Eslovénia rumo à Áustria, enquanto, nas últimas semanas, todos os dias centenas de pessoas atravessaram a fronteira com destino a Itália.
Por seu lado, o governo da Sérvia anunciou hoje que apenas permitirá a passagem pelo seu território de refugiados que pretendam solicitar asilo à Áustria ou à Alemanha.
Com as novas medidas hoje anunciadas, a Áustria pretende gerar, segundo o ministro do Exterior, Sebastian Kurz, um “efeito dominó” que leve os restantes países da chamada “rota dos Balcãs” a aumentar o controlo, com receio de que os refugiados sejam devolvidos aos respetivos territórios.