A sentença que valida as dívidas reclamadas ao Banco Privado Português (BPP), instituição em processo de insolvência, atribuiu ao fundador do banco um crédito de 25 euros mais 19 cêntimos de juros. Isto depois de a juíza que está com o processo ter recusado reconhecer créditos reclamados por João Rendeiro no valor de 4,127 milhões de euros, conta o Jornal de Notícias deste sábado. O valor da dívida confirmada em tribunal ainda não foi pago, acrescenta.

No processo de insolvência, que está a correr no Tribunal do Comércio de Lisboa, o antigo presidente do BPP alega que liquidou o valor reclamado em impostos, porque o banco não reteve as verbas relativas ao seu salário nem fez as correspondentes entregas ao Fisco. No entanto, a juíza Célia Santos considerou que os 4,127 milhões de euros são uma dívida ao Fisco e não ao antigo presidente do BPP.

O processo refere a existência de uma divergência entre o antigo banqueiro e a Autoridade Tributária que corrigiu as declarações de IRS entregues entre 2007 e 2009. O BPP foi intervencionado no final de 2008, tendo depois entrado em liquidação. De acordo com a sentença de graduação de créditos reclamados sobre o BPP, o maior credor é um Sistema de Indemnização aos Investidores que reclama 754 milhões de euros, que foram usados para compensar os clientes do antigo Banco Privado.

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