O Santander Totta confirma a aquisição de títulos de dívida pública portuguesa, no quadro da solução negociada com o Estado português para a compra por resolução do Banif.

Em comunicado, o banco confirma que se comprometeu a adquirir 1.766 milhões de euros em Medium Term Notes (MTN), um instrumento de dívida subscrito através de colocação privada, tal como foi noticiado esta quinta-feira pelo Jornal de Negócios. No entanto, nega que essa operação de financiamento ao Estado português tenha coincidido com o auge da subida dos juros das obrigações portuguesas no mercado secundário, como refere o jornal.

O Santander Totta revela que este financiamento ao Estado português foi acordado no quadro das medidas de capitalização para a correção do balanço do Banif, ainda anteriores à resolução e à venda de ativos e passivos. O banco liderado por Vieira Monteiro justifica a sua participação neste financiamento com a vontade de “responder positivamente ao desafio que lhe foi feito de contribuir para diminuir o esforço de financiamento do Estado, já que o simples facto de passar a deter estes títulos implica que o banco consuma capital em suporte dessa mesma detenção”.

Essa operação, e que serviu para financiar o esforço financeiro do Estado na resolução do Banif, estava preparada desde janeiro, tendo o montante sido depositado no Banco Central Europeu. Mas a transação só se realizou no dia 22 de fevereiro, e não no dia 9 ou 10 do mesmo mês, sublinha o Santander Totta que apresenta ainda um gráfico sobre a evolução das yelds (remunerações) da dívida pública portuguesa, no período em que foi fechada a operação.

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