O ministro do Planeamento e Infraestruturas volta ao ataque no tema das poupanças resultantes da negociação das parcerias público privadas (PPP) rodoviárias. Pedro Marques repete a tese de que os valores anunciados pelo anterior governo foram “propaganda”, mas desta vez contrapõe números.
Segundo o responsável, que esta quinta-feira está no Parlamento a discutir o Orçamento do Estado, as poupanças reais com a renegociação já finalizada de nove contratos de concessão são afinal de apenas 700 milhões de euros, um quarto dos 2.500 milhões de euros anunciados pelo anterior governo.
Pedro Marques sublinha que os valores do anterior executivo eram nominais e consideravam que” um euro valia o mesmo hoje do que em 2040″, e consideravam o IVA. Esta revisão em baixa das poupanças não considera ainda o impacto futuro do mecanismo de partilha de benefícios com os privados e dos custos que o Estado terá de assumir nas grandes reparações. Só será possível fazer as contas daqui a uns anos, conclui.
Os deputados do PSD e CDS responderam, sublinhando que qualquer poupança é positiva, sobretudo quando comparada com a herança deixada pelos governos socialistas em matéria de encargos com PPP rodoviárias.