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João Soares reage à polémica com SMS: “Peço desculpa se os assustei”

Este artigo tem mais de 5 anos

João Soares já reagiu à polémica das "bofetadas" e disse ao Expresso, através de um SMS, que é "um homem pacífico”.

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Manuel Almeida/LUSA

Manuel Almeida/LUSA

João Soares, ministro da Cultura já reagiu aos comentários de Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente sobre as “salutares bofetadas” com que os ameaçou esta manhã através da sua conta do Facebook. “Peço desculpa se os assustei”, disse num SMS enviado ao jornal Expresso.

“Sou um homem pacífico, nunca bati em ninguém. Não reagi a opiniões, reagi a insultos. Peço desculpa se os assustei.”

A polémica começou depois de o ministro da Cultura, João Soares, ter prometido duas bofetadas ao crítico Augusto M. Seabra, depois de este ter escrito na sua coluna de opinião, no Público, que o ministro não tinha qualificações para ser ministro. Além de Seabra, também Vasco Pulido Valente é visado no post que Soares escreveu no Facebook, mas o motivo que o levou a visá-lo não é claro.

O conflito entre o ministro e Augusto Seabra parece não ser de agora. Já em 1999, o filho de Mário Soares quis dar “um par de bofetadas” ao crítico. Entretanto, o PSD já veio pedir a demissão do ministro escolhido por António Costa para a pasta da Cultura. O vice-presidente da direção parlamenta, Sérgio Azevedo, utilizou o Facebook para pedir a demissão de João Soares e o líder da JSD, Simão Ribeiro, também.

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Daniel Oliveira, ex-dirigente do BE e do Livre, também pediu a demissão do ministro pelo Facebook. “Depois deste post, João Soares tem de se demitir, António Costa tem de se demarcar desta ofensa à democracia e os partidos que sustentam o Governo têm de ser muitíssimo claros”.

O deputado do PS, Ascenso Simões, também já reagiu no Twitter, às críticas — e pedidos de demissão — que começam a surgir às palavras do ministro. “E agora as pudicas virgens a pedirem a demissão de João Soares…”, escreveu.

O jornalista do Público, José António Cerejo, também já se manifestou sobre a polémica desta quinta-feira. Num post no Facebook, escreveu que estava “francamente indignado”, com um sentimento “fracasso absoluto”, a nível pessoal e profissional. Ironicamente, porque – ao contrário do que aconteceu com Augusto M. Seabra – em 30 anos de jornalismo, nunca teve “uma ameaça de porrada” da família Soares. “Também quero o meu par de estalos”, escreveu.

Estou francamente indignado. O meu sentimento é de fracasso absoluto. Profissional e, sobretudo, pessoal. Chego à...

Publicado por José António Cerejo em Quinta-feira, 7 de Abril de 2016

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