O PP continua a ser a força política que reúne a preferência dos espanhóis, mas caiu ligeiramente na sondagem publicada esta sexta-feira pelo Centro de Investigações Sociológicas (CIS) de Espanha. Já o PSOE não só consegue manter-se em segundo lugar como até tem uma pequena subida nas intenções de voto face a janeiro. Em sentido contrátio, o Podemos tem a maior queda nas sondagens desde as eleições de dezembro. Ciudadanos e Izquierda Unida (que vai às urnas coligado com o Podemos) têm grandes subidas.
Partidos |
Intenção de voto (abril) |
Intenção de voto (janeiro) |
Resultado das eleições (dezembro 2015) |
PP | 27,4% | 28,8% | 28,7% |
PSOE | 21,6% | 20,5% | 22% |
Podemos | 17,7% | 21,9% | 20,7% |
Ciudadanos | 15,6% | 15,8% | 13,9% |
Izquierda Unida | 5,4% | 4,5% | 3,7% |
É a primeira sondagem publicada depois da convocação oficial de novas eleições para o dia 26 de junho. No entanto, o trabalho de campo foi feito antes disso e antes mesmo de se ter a certeza que Podemos e Izquierda Unida iam juntos a eleições. Se se mantivessem estes números, a coligação conseguiria 23%, mais do que o PSOE obteve em dezembro e agora.
Num outro estudo recentemente publicado, da consultora Llorente & Cuenca, lê-se que nenhum dos cinco grandes partidos obtém classificação positiva relativamente à forma como atuaram depois das eleições de 20 de dezembro passado. Para os 1027 entrevistados nesta sondagem, o Ciudadanos foi o partido que teve melhor comportamento, enquanto o PP e o Podemos são os que obtêm avaliação mais fraca. Desde a ida às urnas, o Ciudadanos e o PSOE foram os únicos partidos que conseguiram chegar a um acordo para a formação de governo — sem sucesso.
Um outro dado do documento diz respeito à generalizada perda de confiança dos espanhóis nos políticos que os representam. Mais de dois terços dos inquiridos (77,7%) passaram a confiar ainda menos em Rajoy, Sánchez, Rivera, Iglesias e Garzón. Dos cinco, Albert Rivera, do Ciudadanos é aquele que os espanhóis classificam como o melhor líder partidário. Mas os inquiridos (27,1%) preferiam ver Pedro Sánchez como presidente do governo.