O primeiro estudo que prova a ligação entre o vírus zika e os casos de microcefalia em bebés foi realizado por uma equipa de investigadores chineses, conta o South China Mourning Post. A equipa injetou o vírus no cérebro de embriões de ratos a meio da gravidez. Os resultados mostraram que o vírus destrói células e que, passados três dias, tinha-se expandido exponencialmente. O cérebro dos embriões infetados encolheu significativamente ao fim de cinco dias.
Este não foi o único estudo do género. Investigadores da Universidade da Califórnia descobriram que o vírus afeta essencialmente o cérebro, mas ataca também outras partes do corpo, enquanto uma equipa da Universidade de Washington em St. Louis detetou que também causa danos na placenta, prejudicando a troca de nutrientes e de oxigénio entre a mãe e o feto.
O surto de Zika surgiu em vários países da América do Sul, mas afetou principalmente o Brasil, país anfitrião dos Jogos Olímpicos de 2016. Dilma Rousseff chegou a garantir que estavam a ser tomadas medidas de prevenção e que não havia necessidade de adiar ou de realocar o evento.
Ainda assim, profissionais de saúde de todo o mundo recomendaram que sejam tomadas precauções e temem que um evento desta dimensão propague o surto. São esperadas 500 mil pessoas de todo o mundo no Rio de Janeiro durante o próximo verão. Estas pessoas podem transportar o vírus, que pode ser transmitido através da picada de mosquitos infetados ou por transmissão sexual. para os países de origem,
O vírus é relativamente inofensivo para a generalidade da população, que pode até nem manifestar sintomas, normalmente febre, vermelhidão na pele e dores nas articulações. O grupo mais afetado por este problema são as mulheres grávidas, já que o Zika pode provocar microcefalia no bebé.