O Senado brasileiro deverá decidir em agosto, durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, se a Presidente com mandato suspenso, Dilma Rousseff, será definitivamente destituída do cargo, segundo um calendário aprovado na segunda-feira.

De acordo com o calendário decidido pela comissão especial da câmara alta do Congresso brasileiro que está a analisar o pedido de destituição de Dilma Rousseff, a votação do relatório da comissão está prevista para 27 de julho e a leitura do parecer no Senado um dia depois.

Antes, ainda serão ouvidos testemunhas e peritos, e Dilma Rousseff terá oportunidade de apresentar pessoalmente à comissão a sua defesa a 20 de junho.

Após a votação do relatório na comissão, o Senado deverá decidir em plenário, a 2 de agosto – três dias antes do início dos Jogos Olímpicos – se a denúncia de crime de responsabilidade contra a Presidente afastada vai a julgamento final.

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Depois disso, haverá um prazo de 14 dias para a decisão final dos senadores sobre a cassação definitiva do mandato, o que faz com que a votação esteja prevista para meados de agosto.

Dilma Rousseff tem o mandato suspenso por um período de até 180 dias, durante o qual tem de ser julgada pelos senadores. O mandato foi suspenso a 12 de maio.

Se dois terços dos senadores (54) votarem pelo seu afastamento definitivo, o Presidente interino, Michel Temer, assumirá permanentemente a Presidência.

Caso tal não aconteça, Dilma Rousseff volta a assumir o comando do país.