Nos westerns passados no velho Oeste, “cara pálida” era a designação que os índios davam aos cowboys brancos, que por sua vez os tratavam por “pele vermelha”. Já longe dos filmes, e quando se fala de beleza, cara pálida é a expressão que designa aquele tom baço, adoentado e insípido que temos durante o inverno. Mas fazer qualquer coisa para bronzear o rosto pode ser assustador — se correr mal, não podemos simplesmente tapar. E ninguém quer acordar de manhã, olhar-se ao espelho e perceber que passou de cara pálida a pele vermelha.
Hoje em dia, as coisas já não são tão drásticas assim e conseguir um brilho bronzeado e natural é mais fácil do que parece. Com os produtos certos, não há como falhar. Se preferir um bronze natural e gradual, existem preparadores de bronze que estimulam a própria melanina da pele. Para quem quer mesmo simular um bronze, os autobronzeadores de rosto não são um bicho de sete cabeças. E para quem prefere um bronze temporário, não há nada como simular uma cor de canela que, no banho ou com desmaquilhante, sai completamente.
Os autobronzeadores de rosto são seguros?
Sim — tanto de rosto, como de corpo. Porque apenas têm a função de “pintar” a pele através da ação da DHA (dihidroxiacetona), um açúcar que reage com a queratina da camada mais superficial da pele, produzindo um pigmento acastanhado, a melanoidina, muito semelhante ao bronze natural. Por terem uma ação totalmente superficial, na verdade, os autobronzeadores cosméticos são a forma mais segura de bronzeamento.
Cuidados obrigatórios
Nos últimos anos, este mercado tem vindo a aperfeiçoar as suas fórmulas ao nível da qualidade da cor cada vez mais natural, no acabamento com menos manchas, no cheiro e até na facilidade de aplicação. Mas isso não invalida que sejam precisos cuidados para que o resultado seja o esperado. Tamar Vezirian, especialista em bronzeamento, disse à revista americana Allure o passo-a-passo do bronzeamento facial sem falhas.
- A esfoliação é obrigatória. Escolha um esfoliante que não contenha óleo (porque pode impedir o autobronzeador de ser absorvido corretamente) e, de seguida, hidrate levemente a pele em torno das narinas e outros pontos secos do rosto com um hidratante oil-free. Isto vai evitar que a pele fique às manchas ou com marcas.
- Comece de forma gradual. Isso implica usar um produto que crie um bronze gradual ou, então, escolher tonalidades mais claras para o contraste não ser demasiado chocante.
- Aplique de forma correta. Com as mãos limpas, misture uma quantidade do tamanho de uma moeda de 10 cêntimos nas zonas onde naturalmente já se vai bronzear: testa, maçãs do rosto, ponte do nariz e queixo. De seguida, misture para fora a partir desses pontos. Em torno das narinas e na zona acima do lábio, aplique muito ao de leve porque, ao serem zonas secas, tendem a absorver mais produto. Com o resto de produto que sobrar nas suas mãos, deixe ir até à linha do cabelo e abaixo do maxilar em movimentos circulares, mas evite as pálpebras e as sobrancelhas.
- Mantenha a cor. Com um autobronzeador gradual, pode demorar duas a quatro aplicações até atingir o tom certo. Quando o conseguir, o truque é preservá-lo para se manter com um bronze natural. Isto implica lavar o rosto com produtos de limpeza delicados e hidratar diariamente a pele. Quando o tom começar a aclarar, esfolie a pele e comece o ciclo novamente.
- Dica extra para evitar manchas. Atualmente, já existem fórmulas autobronzeadoras que se misturam nos cremes de dia (mostramos alguns destes produtos em conta-gotas na fotogaleria) mas, se não tiver um produto destes, também pode misturar uma pequena quantidade de autobronzeador com o seu creme hidratante para minimizar a possibilidade de manchas. Depois, aplicar da mesma maneira que explicámos no ponto três.
Independentemente do tipo de produto que prefira — autobronzeadores, aceleradores de bronze, maquilhagem de bronze ou até fórmulas que se misturem nos cremes e bases — há soluções para todos os gostos. Veja as nossas sugestões na fotogaleria em cima. E adeus cara-pálida.