(Artigo atualizado às 15:25)

A Comissão Europeia e o Banco Central Europeu estarão a equacionar avançar com uma auditoria à Caixa Geral de Depósitos antes de decidirem se dão luz verde ao pedido de recapitalização já entregue pelo Governo, um cenário que terá o acordo do Governo português, avança a TSF. A Comissão Europeia já reagiu, dizendo que não faz auditorias a bancos ou a empresas.

Segundo a rádio, na sua edição online, a hipótese já estará a ser trabalhada pela nova gestão da Caixa Geral de Depósitos, liderada por António Domingues.

Caso a avaliação avance, a comissão parlamentar de inquérito que o PSD requereu de forma potestativa pode não avançar de forma imediata, adianta a rádio, podendo passar para depois do verão.

Confrontado sobre o assunto na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, o porta-voz da comissária para a Concorrência diz que a Comissão não faz auditorias, nem a bancos, nem a empresas. Pode sim é fazer uma análise aprofundada ao plano de recapitalização.

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“Nesta altura não podemos comentar a especulação na imprensa sobre casos particulares, no entanto, deve ser claro que a Comissão Europeia não é uma auditora e não leva a cabo auditorias. Não estamos em competição com a[s consultoras] KPMG e a Ernst & Young. O que podemos fazer é uma avaliação aprofundada do plano financeiro, que é submetido pelo Estado-membro, ou pedir mais informação, mas a Comissão nunca leva a cabo auditorias financeiras ou forenses a bancos ou empresas”.

O responsável adiantou apenas que a Comissão está em contacto com as autoridades portuguesas e que recentemente recebeu informação, que ainda está a analisar.

O primeiro-ministro António Costa também falou sobre o tema, em São Bento, e diz que a Comissão vai avaliar as necessidades de capital da Caixa Geral de Depósitos.

“Para que a Comissão Europeia se possa pronunciar tem de proceder a uma avaliação das necessidades efetivas de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. Bruxelas tem de verificar se a capitalização é adequada às necessidades ou é uma capitalização que, ultrapassando as necessidades efetivas da Caixa, pode configurar uma ajude de Estado”, disse, citado pela Agência Lusa.