Vários atletas olímpicos têm aparecido com manchas roxas no corpo, em forma de círculo. O enigma terminou: as marcas são a consequência de uma terapia com ventosas, a que recorrerem vários desportistas profissionais para aliviar dores musculares e combater o stress.
Michael Phelps, que arrecadou nesta edição mais uma medalha de ouro, a sua 19ª (como líder da equipa dos Estados Unidos 4×100), é um dos fãs da técnica chinesa. Chama-se cupping e funciona da seguinte forma: são colocadas ventosas (uma espécie de vasos de vidro), muito quentes, na pele da zona que se pretende trabalhar. Os copos quentes transmitem calor ao organismo e criam sucção, para estimular a circulação sanguínea que diminuirá depois tensões musculares, inchaços e dores.
Numa sessão de cupping, o paciente fica mais ou menos assim:
Traditional Chinese Medicine has an #Olympic Moment: @MichaelPhelps has purple circles on back from cupping therapy. pic.twitter.com/LVrbFrhXj7
— People's Daily, China (@PDChina) August 8, 2016
Neste vídeo da marca de acessórios desportivos Under Armour, é possível ver Michael Phelps a ser submetido à terapia a partir do segundo 45′.
https://www.youtube.com/watch?v=Xh9jAD1ofm4
Embora a técnica da medicina tradicional chinesa seja bastante usada por atletas, também há fãs que não fazem do desporto profissão. O cupping funciona também para dores nas costas — que afetam qualquer comum mortal — tensões e stress. A atriz Gwyneth Paltrow é adepta da técnica.
Sorry Olympians, but Gwyneth Paltrow was cupping way before you https://t.co/nafN9nZf4Q pic.twitter.com/ftX76JAkEc
— Business Insider (@BusinessInsider) August 8, 2016
Apesar de os Jogos Olímpicos terem trazido o cupping para a ribalta, a técnica já é muito antiga. Segundo o WebMed, citado pela BBC, há registos dos “antigos egípcios a utilizar a terapia de ventosas no ano 1550 a.C.”.
Cada ventosa fica no corpo de 5 a 10 minutos, dependendo do paciente, e as marcas desaparecem no espaço de “alguns dias”, esclarece o Centro de Terapias Chinesas de Portugal.