O gigantesco bairro da lata conhecido como “A Selva”, situado perto de Calais, norte de França, que alberga quase 7.000 migrantes que esperam chegar ao Reino Unido, vai ser gradualmente desmantelado, anunciou na quinta-feira o ministro do Interior francês.

Bernard Cazeneuve disse ao jornal regional Nord Littoral que vai avançar para o seu encerramento “com grande determinação”, desmantelando o espaço em fases enquanto são criados novos alojamentos para os migrantes noutras zonas de França, de modo a “desbloquear Calais”.

As autoridades francesas tentaram várias vezes encerrar o campo, que dizem albergar cerca de 7.000 migrantes, o que representa um acentuado aumento nos últimos meses.

Algumas organizações humanitárias colocam o número perto dos 10.000.

No campo há muitos afegãos, somalis, sudaneses e curdos, entre outros requerentes de asilo.

Os migrantes juntam-se em Calais na esperança se conseguirem atravessar clandestinamente o canal da Mancha em direção ao Reino Unido.

Desde outubro do ano passado que mais de 5.000 requerentes de asilo deixaram a cidade do norte de França rumo a 161 centros especiais espalhados por todo o país.

Vagas para mais 8.000 requerentes de asilo vão ser criadas este ano e para outros milhares em 2017, intensificando os esforços para que as pessoas concentradas em Calais partam voluntariamente, disse Cazeneuve.

Atualmente há um número recorde de polícias, 1.900, a trabalhar em Calais, e Cazeneuve informou que outros 200 vão juntar-se ao contingente para “reforçar a luta” contra os migrantes que entram clandestinamente em camiões com destino ao Reino Unido.

O ministro adiantou ainda que o Presidente francês, François Hollande, vai visitar Calais no final deste mês.

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