Património Mundial da Unesco, o Vale de Kathmandu, no Nepal, continua a ser a uma das regiões com mais riquezas arquitetónicas nos Himalaias. Apesar do muito que foi destruído pelo terramoto de abril de 2015, esta continua a ser uma viagem imperdível às raízes do budismo e do hinduísmo. Para lá da cidade de Kathmandu, onde começa este roteiro, há todo um vale a descobrir onde templos e palácios despontam por entre nuvens de pó. Um cenário único num país ímpar.

Um bairro

Thamel é o bairro mais frenético da cidade de Kathmandu, cheio de restaurantes, cafés, lojas e pequenos hotéis. Um emaranhado de ruas estreitas, de placards e néones, bancas de artesanato, pashimnas e cabos de eletricidade. Uma confusão diabólica mas onde motas, carros, tuk tuks e pessoas parecem movimentar-se numa dança suave.

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Uma das ruas de Thamel. Foto: Catarina Serra Lopes

Um restaurante

Na Thamel House, um restaurante de comida tradicional, o jantar é acompanhado por música e dança tradicional. Peça o menu de degustação e experimente os momos — pastéis cozidos a vapor e com vários recheios –, os grelos salteados com especiarias locais, os vegetais em molho de caril, o frango marinado e o dhal, um guisado de lentilhas que acompanha sempre qualquer refeição nepalesa. Thamel Marg 1, Kathmandu 44600. Tel: +977 1-4410388. Preço por pessoa: 10 euros.

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O restaurante tem mesas em dois andares. Foto: Catarina Serra Lopes

Um hotel

A Kathmandu Guest House é um pequeno oásis no bairro de Thamel. Um antigo palacete da época Rana com quartos simples mas um jardim frondoso. Os Beatles e o ator Jeremy Irons foram algumas das celebridades que já ficaram aqui hospedadas. Bairro de Thamel. Quarto duplo a partir de 80 euros.

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A guesthouse fica num antigo palacete. Foto: Catarina Serra Lopes

A não perder

Durbar Square

A praça é um dos principais ex-líbris da cidade. Aqui concentram-se os palácios reais, os mais antigos e os mais recentes, e vários templos. Infelizmente os sinais do terramoto de 2015 estão muito presentes e grande parte dos monumentos estão em ruínas. Vale a pena subir ao restaurante Kasthamanpad e apreciar a vista da praça e da cidade que se tem a partir do terraço.

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A praça concentra vários templos. Foto: Catarina Serra Lopes

Templo Swayambhunath

Fica nos arredores da cidade de Kathmandu, é Património Mundial e conhecido como o Templo dos Macacos, visto ter tantos a pulularem por lá. Construído no século XVII, fica no cume de um dos montes que rodeia a cidade e para lá chegar é preciso subir mais de 300 degraus. Mas compensa: tem uma bonita vista sobre a cidade.

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O Swayambhunath é conhecido como o Templo dos Macacos porque tem vários a andar por lá. Foto: Catarina Serra Lopes

Patan

Foi chamada em tempos de “Cidade da Beleza”, mas o terramoto de 2015 foi bastante violento e arrasou com uma grande parte de Patan. Mesmo assim ainda se veem aqui alguns dos templos e palácios mais bonitos do país. Tem também um museu de arte, considerado dos melhores de toda a Ásia. Aproveite para descansar um pouco no rooftop do Café du Temple. Tem uma vista muito bonita sobre a Durbar Square de Patan.

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Em Patan estão alguns dos palácios e templos mais bonitos do Nepal. Foto: Catarina Serra Lopes

Bhaktapur

Centro cultural e artístico do Nepal, foi até ao terramoto de 2015 a cidade mais bem preservada do vale de Kathmandu. Mas mesmo hoje em dia vale muito a pena visitar Bhaktapur. Pelos templos que se mantiveram de pé e pelos seus habitantes que, no meio de tanto pó e de tanta destruição, mantêm o sorriso, a dignidade e uma perseverança ímpar. Se entretanto já for hora de almoço, prove o caril de vegetais do restaurante New Peacok com vista sobre a praça de Tachupal Tole.

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Os templos erguem-se vários metros acima dos restantes edifícios. Foto: Catarina Serra Lopes

Como ir

A companhia aérea Etihad voa para Kathmandu com tarifas a partir dos 600 euros, tanto de Lisboa como do Porto.