A PSP fez quatro pedidos e os taxistas cederam a metade. Na reunião desta manhã de sexta-feira, os representantes dos taxistas aceitaram não levar os carros até à porta da Assembleia da República e fazer uma pequena alteração de percurso na manifestação de segunda-feira contra a UBER. Mas recusaram desviar-se nas entradas norte e sul de Lisboa, em plena hora de ponta. “Não faz sentido nenhum e nisso não mudamos de ideias”, disse ao Observador o presidente da ANTRAL, Florêncio de Almeida.
Segundo Florêncio de Almeida, a PSP fez duas “imposições” às quais eles não cedem. Uma referente aos taxistas que vêm do norte do País. A ideia era que fizessem um desvio na autoestrada, na zona de Santa Iria de Azoia, em direção ao IC2, para depois se juntarem aos colegas que têm encontro marcado às 7h30 no Parque das Nações. Mas os taxistas querem que estes carros sigam em coluna até ao aeroporto e que, só aqui, se juntem à manifestação iniciada junto à Pousada da Juventude. O que, na prática, significa bloquear a entrada da Segunda Circular em plena hora de ponta.
“E é isso que vamos fazer. Se houve outras confusões, a culpa não é nossa”, afirma Florêncio de Almeida.
Quanto aos taxistas que vêm do Algarve, e que têm encontro marcado na cidade de Faro, às 7h30, para depois se juntarem aos colegas da margem sul, em Almada, os taxistas pediram à PSP que os acompanhasse a atravessar a ponte até se juntarem aos restantes colegas. A PSP propôs, então, que os motoristas atravessassem a ponte 25 de Abril em pequenos grupos separados, para não bloquear a entrada sul de Lisboa. “Está fora de questão”, respondeu Florêncio de Almeida.
Os taxistas cederam, no entanto, a duas imposições: uma alteração pontual no percurso já anunciado, que significa passar pelo Campo das Cebolas em vez de irem pela Rua do Arsenal por causa das obras. E não levar os carros até à porta da Assembleia da República, deixando-os na Avenida 24 de Julho — para depois seguirem a pé até São Bento. E assim será.